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VITÓRIA X CRUZEIRO QUINTA-FEIRA EM SALVADOR

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • 9 de jun.
  • 5 min de leitura

Aguenta esperar? Quando o time tá bom e demora a jogar, semana parece mês. A gente teme a queda de ritmo. Isto de fato pode acontecer.  Mas há antídotos e a nossa Comissão Técnica sabe disso. A meta é manter acesa a chama que impulsionou as grandes apresentações vistas nos últimos jogos. Pés no chão, respeito ao adversário, vigilância de cão de guarda no meio de campo, pra segurar o recorde de roubadas de bola. Assim vencemos Flamengo e Palmeiras, pedindo passagem para a prateleira de cima do nosso futebol. 


Dependendo do resultado do jogo do Bragantino contra o Bahia, no mesmo horário, (temos vantagem no saldo de gols, 9 x 6), vencer no Barradão quinta-feira significa a liderança do Cruzeiro no campeonato brasileiro, porque Flamengo e Palmeiras, disputando o mundial de clubes, não participarão da próxima rodada.

Esperamos a vitória, em jogo muito disputado, encarando a vibrante torcida adversária. Vencendo, teremos a liderança do campeonato brasileiro. Provisória, pelas circunstâncias. Mas com cacife pra fincar o pé e não sair mais.


Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Flickr
Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Flickr

BATE PAPO NO QUINTAL


1. “Agora Vai!” – Escondido nesse codinome, um dos líderes da Barraca Atleticana tem coragem de apelar para o absurdo, tentando justificar o fiasco da final da Copa do Brasil na Arena Meu Rival Venceu:

“… E pela régua do Dalai, chegar às finais de um campeonato e não vencer é vexame. Pois é, mas… e perder para o Sousa na primeira rodada da Copa do Brasil? E ser desclassificado pelo Muschuc na primeira fase da Sulamericana? Se isso não é vexame, é o quê?”


Tem razão. É vexame, o que ocorreu com o Cruzeiro perdendo para o Sousa e o Muschuc.

Agora, vexamão, é não saber perder uma final de Copa, no próprio campo, a primeira decisão nacional ocorrida ali, promover quebradeira geral, tentativas de homicídio, violência vitimando até mulheres e crianças.

E na sequência tem o Vexamão-2, em Buenos Aires. Final da Libertadores, contra o Botafogo. Menos de um minuto de jogo, e o principal volante do adversário é expulso. Seria então um passeio alvinegro.  E foi.  Mas carioca.

Agora me diga você: Se isto não é dose dupla de vexamão, então o quê é?


2. Corações sensíveis – Como a colocação do Atlético oscila entre a segunda e a primeira página da tabela, escrevi que ele “ronda o Z-4” no momento em que, penúltimo da primeira página, ocupa o 9º. lugar. Seguiu-se um fuzilamento público do blogueiro com alguns atleticanos chegando a apontar o 9º. lugar como um honroso ponto de referência… Imagine pra onde estamos caminhando…

Com a liberdade que já temos, neste minifúndio, gostaria de recomendar uma dose cautelar de Rivotril para os caros Alejandro, João de Deus Filho, Marcelinho Mineiro, Pedro, Roberto Cardoso de Sousa e Augusto

Calma, amigos. Como já lembrei aqui, “tirando o motorista e o trocador, tudo é passageiro.”


3. Junior Santos – Sabe aquele cara que na decisão da Libertadores atuando pela direita do Botafogo, pegou uma bola junto a bandeira de escanteio e, sozinho, “engoliu” toda a defesa do Atlético marcando um golaço?

Pois é, o Atlético comprou por quase 50 milhões de reais. Mas ele está “desaparecido”.  Em 15 partidas, fez um gol e duas assistências.  O Botafogo quer de volta, mas ao preço de hoje… quase na cotação de galinha na manguara.


4. Rafael Magalhães Menin – Filho do dono, CEO da SAF do Atlético, deu misteriosa entrevista coletiva na manhã de sábado na Arena MRV.  A Rádio Itatiaia YouTube transmitia online, em seu programa de esportes e, de repente, cortou informando outro endereço para quem quisesse continuar acompanhando. Foi estranho.  Rafael Menin mostrou excelente domínio de câmeras, postura elegante no enfrentamento das perguntas e na colocação dos problemas administrativos do Clube. Foi cauteloso nas previsões dos próximos meses  lembrando sempre a caixa de surpresas que é o futebol. Na abordagem da dívida atual do Atlético foi questionado sobre os três resultados divulgados: 1,3 bilhão, 1.8 bilhão e 2.3 bilhões.

A explicação de Rafael Menin pareceu-me uma proposição de física quântica: 1,3 bilhão é a dívida real; 1,8 inclui os camarotes vendidos e ainda não recebidos (?); 2.3 bilhões incluem além dos camarotes, recebíveis como a venda Paulinho ao Palmeiras…

O que você, cara pálida, pensa que é crédito, na verdade é débito! E vice-versa!

Minha dúvida: quem explica isto é Freud ou Einstein?


5. RJ – Saia justa –  Apesar do ótimo controle emocional e domínio de auditório, Rafael Menin não conseguiria mesmo explicar o inexplicável:  Por que o Atlético, sufocado agora de dívidas, não usou o recurso legal da Recuperação Judicial?

Respondeu que isto seria pagar 20% aos credores e dar o cano nos 80% restantes, o que jamais admitiu em sua vida profissional. Como se sabe, a Lei da Recuperação Judicial surgiu para socorrer empresas à beira da falência, oferecendo uma alternativa menos cruel aos credores: ao invés de perder tudo,  assistindo a extinção progressiva da massa falida, ante infindáveis recursos protelatórios, receber de pronto 20% do crédito e, parceladamente, em 10 anos, os restantes 80%.

Se você pensar  em quem são os credores do Atlético, saberá porque a SAF não usou a RJ.   No português claro: matreiramente, ao invés de se prejudicarem como credores,  os 4Rs preferiram manter o Clube no sufoco das dívidas.


6. Fred Melo Paiva, no mesmo sábado, em sua já antológica coluna no Estado de Minas, não escondia a amargura com os 4 Rs:

“Sinceramente, senhores, quem aqui, a essa altura do campeonato sairia de férias e deixaria seu pequeno botequim aos cuidados desse pessoal? Se fosse concedido aos quatro cavaleiros o monopólio das bocas de fumo da Jamaica, sabemos que ficariam devendo Jah e o mundo. E o povo fumando orégano. Se botarem dinheiro debaixo do colchão, vão fazer xixi na cama. Apostaram na Selic baixa, a Selic subiu como nunca. Apostaram no Junior Santos, a despeito de o Siga não recomendar. Depois de construir estreita relação com governos petistas e ganhar rios  de dinheiro com o Minha Casa Minha Vida, apostaram tudo no Bolsonaro. Esse pessoal é o sonho da Virginia, a influenciadora que ganha dinheiro quanto mais perdem seus seguidores-apostadores. Fico a imaginar o vinho que produzem no Douro. Vou ficar de olho nas ofertas: uma caixa custa 100;  duas custam 50, quatro você leva de graça, seis eles te pagam uma grama e entregam em casa. Parece piada de português, mas é sério: apenas confira o histórico de valores das ações da empreiteira na Bolsa. O banco digital vai bem, mas aí é tipo o monopólio das bocas na Jamaica. De resto tem o famoso Toque de M*rdas.”


GARIMPO


“Os postos elevados tornam os grandes homens ainda maiores e os pequenos ainda menores.”

(La Bruryère – escritor e filósofo francês – sec. XVII)

 
 
 

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