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QUEM VENCERÁ?

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura
Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Reprodução
Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Reprodução

Se tivesse um raio-x de pensamento, aplicado nos torcedores nestes últimos dias, uma conclusão seria unânime: só pensam naquilo.


Às vezes a atenção desvia pra outro assunto, alguém pergunta alguma coisa, o entregador está na portaria, quer o código, chega um boleto a pagar. Erupções da atenção, passam logo. E o tema central retorna quente: o jogão de quinta-feira, no Mineirão. Do lado azul, contusões de craques, mas reais perspectivas de recuperação. No Atlético, mal na tabela e em desvantagem na semifinal,  Sampaoli agita o caldo revigorando palavrinha que vem sempre em socorro de almas aflitas: determinação. Também poderia dizer raça. Coragem. 


Mas isto é conclamado também do outro lado. Eles não percebem, porque a paixão cega. No primeiro jogo dessas quartas, na Arena MRV, os atleticanos “ganharam” de véspera e perderam no campo. Painéis espetaculosos nas arquibancadas, fogos de artifício, desfile de ex-craques tudo enaltecia uma vitória sobre o arquirrival que não aconteceu. Nesta última semana,  esqueceram a lição. Já estão “ganhando” de novo.


BATE PAPO NO QUINTAL


1. João de Deus Filho em devaneio sobre a Arena MRV:


“... Fico maravilhado cada vez que vou lá. A beleza da área interna é algo que me orgulha. Lá dentro, parece que você está num Shopping desses bem luxuosos. Os banheiros sempre muito limpos, com papel higiênico e sabonete líquido à vontade, tudo muito bem organizado, é uma beleza.”


Meu caro João de Deus, três observações: 1) faltou você se referir ao serviço de bufê para os camarotes. Coisa de restaurante de luxo; 2) Os banheiros não estavam assim para a torcida do Cruzeiro.  Imagine, sem água e papel higiênico já seria um suplício. Mas faltavam portas, também; 3) Na Arena MRV não se criticam instalações internas. Os problemas são: localização,  gramado, acústica e visibilidade. E agora a urucubaca do galo de aço.


2. “Mineirão  60 anos: lembranças que vão além do futebol” – sob este título, no Estado de Minas de sexta-feira,  Kelen Cristina  escreveu coluna de saudade do velho estádio, inaugurado em 5 de setembro de 1965:


“Quem frequentou o Mineirão antigo tem um outro olhar sobre o que é ir a estádio de futebol. Uma perspectiva diferente, sensação de aconchego, acolhimento...”


É realmente o que ficou. Já dentro das dependências, no entorno do estádio, havia as barracas com tira-gosto, feijão tropeiro e muita bebida. Para os fregueses conhecidos, cadeiras disponíveis. E o papo caloroso com “adversários-amigos”. Transitavam de um lado para o outro, junto com a gente, dividindo abraços, cervejas e fotos. É o que faziam as torcidas do Flamengo, São Paulo e Athlético Paranaense.


3. Paulo Roberto Miranda – em grupo social  condena texto da ziquizira:


“Dalai, que tema pequeno este da maldição do galo de aço. É mera coincidência a instalação da peça com a fase ruim do Atlético.  Não podemos “enfeitiçar” tudo!”


Paulo, você, em parte, tem razão. Os detalhes macabros da origem de parte do aço me chamaram a atenção. Fato ou fake? Este é o dilema apavorante de nossos dias, porque você não pode acreditar 100% nem na imagem que você vê e ouve. Há técnicas para colocar você falando os maiores absurdos: imagem, som, voz, gestos. Além da I.A.,  temos que admitir que crendices existem e mexem com o psicológico do torcedor. O futebol está cheio de casos concretos. Alguns, inacreditáveis.


4. Clemerson Pereira Junior  dá receita:


“Trabalhos espirituais, como fazemos na Umbanda,  e uma boa lavagem com florais e ervas, na lua própria, acabam com a maldição em três sessões.”


Clemerson, você não é o primeiro a se oferecer. Quem sabe pode ser feito um movimento coletivo, tipo lavagem da escadaria do Bonfim?


                 GARIMPO


“O passado pode ser uma âncora que prende ou uma bússola que orienta”.


(Silvio Tendler, “o cineasta dos vencidos”, 1950-2025).


 
 
 

4 comentários


Convidado:
há 2 dias

Sr. Dalai, amanhã será, mais uma vez, um dia importante na vida cruzeirense. Sabemos que os caras de lá virão com a corda toda. Será um jogo difícil, catimbado, mas com certeza a postura serena do Jardim será fundamental. Penso que, com os problemas físicos do Kaio Jorge e do Pereira, Gabriel pode entrar para suprir a falta do KJ, com Sinisterra entrando desde o início. De todo modo, não se pode contar com o placar conseguido lá no campinho: é preciso, como diziam antigamente, sangue nos olhos e faca nos dentes.

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Convidado:
há 2 dias
Respondendo a

Eu sou Marcos Mineiro. Um dia eu acerto.

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Alan Stabille
há 4 dias

Dalai, que tal falar mais sobre política e o julgamento do ex presidente? Vc deixa entrelinhas sua opinião.

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Alessandro Andrade
há 4 dias

Sem polêmicas. Passando apenas para dizer que é um privilégio ver como o autor é ANTENADO. Para além do garimpo sempre os textos nos brindam com alguma referência ou dica . Parabéns ao Dalai Rocha. Aliás, o jeito de escrever me lembra muito o mestre Olavo de Carvalho.

Saudações CELESTES DO MAIOR DE MINAS !!!!

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