TESTE PRA VALER: SÁBADO 17H CONTRA O BOTAFOGO
- José Dalai Rocha
- 13 de mar.
- 6 min de leitura
Portões fechados no Estádio Nilton Santos, sem imprensa, será assim que os portugueses Leonardo Jardim e Renato Paiva testarão suas novas equipes para o Brasileiro/25, que começa no fim do mês.
Fundas modificações nos dois times. Pra nós, gente boa chegando, mas que ainda não se ajustou. No Botafogo, gente boa que saiu e deixou buracos.
Incógnitas. Raras certezas. Daí a importância do teste. Ninguém vai jogar pra plateia, porque não há plateia. Hora da verdade. Quem somos, como estamos, o que se pode esperar do trabalho de Leo Jardim?
De certo modo, é a prévia do que será este ano pra Nação Azul: o mesmismo das trocas de passes estéreis, preferencialmente pra trás, faltas e escanteios cobrados sem qualquer efetividade, ou um time organizado, pra frente, deslocando-se em bloco, ensaiado pra saber o que faz na defesa, no meio e na frente. Time, não ajuntamento.
Na semifinal entre Corinthians e Santos, torcemos pra que Leo Jardim estivesse assistindo. O primeiro gol do Corinthians e o gol do Santos saíram de escanteios, com jogadas ensaiadas.
Há possibilidade de que, contra o Bragantino, dia 22, seja mais jogo que treino. Inclusive com torcida.

BATE PAPO NO QUINTAL
1. Guilherme Diniz abre os debates neste QUINTAL levando o blogueiro ao corner:
“Chega a ser burlesca a forma como Dalai manifesta sua dor de cotovelo. Pra ele, o Atlético deve ser o único time do planeta Terra a não ser permitido ter uma penalidade máxima marcada a seu favor. Cuello sofre um tapa no pescoço (também conhecido como pescoção) que, conforme Dalai, deve passar incólume pela arbitragem.”
Cita depois, erros de arbitragem ao longos dos campeonatos mineiros que prejudicaram o Atlético e outros que favoreceram o Cruzeiro.
Meu caro Guilherme, não nego os episódios apontados por você. Como sempre recordo, não se tampa sol com peneira. Acontece que os raríssimos casos favorecendo ao Cruzeiro não preenchem os dedos da mão. Já com o Atlético, a Mão Grande da Federação cumpre jornada diária. Ainda faz hora extra.
2. Bruno não entendeu a ausência de comentário, na coluna, sobre o 12 x 0 no jogo-treino contra o Boston e dá seu diagnóstico:
“… acredito que esteja ainda sonolento ou com ressaca de sono em função da Lyancquitite, ainda bem que foi só esta patologia, imagina se tivesse também sido atacado pelo Hulktite, com certeza estaria acamado e no soro”.
Meu caro Bruno, fui advertido por amigos de que seria massacrado por ter começado a coluna anterior lembrando que, na disputa pela Copa do Brasil e Libertadores, faltou ao Atlético a “zelosa” organização da FMF na escalação de árbitros em campo e VAR.
É mentira? Será por acaso que, nos jogos decisivos contra o Cruzeiro e o América, o Atlético teve a vantagem de jogar contra 10?
Como as partidas se tornaram fáceis para o Atlético, foram desnecessárias novas “intervenções” da arbitragem. Não tenho dúvida, porém, que se as coisas complicassem surgiria por exemplo um “pênalti mandrake”. Como dezenas de outros que passaram a integrar o folclore mineiro.
Fora raríssimas exceções, a FMF jamais falta ao Atlético nas decisões do mineiro. São as chamadas “favas contadas”.
3. Rei Melo toca numa unanimidade:
“Quem foi o gênio que fez a nova camisa de goleiros do clube?
Mudar a cor do escudo, usar a cor vermelha na própria camisa e enchendo de desenhos horríveis…”
Será que voltou para o Cruzeiro aquela turma que queria “glamourizar” o Raposão? Mau gosto tem limite!
Esta camisa de goleiro é uma das coisas mais ridículas que poderia ser imaginada neste momento de reconstrução do Clube.
4. Bernardo sentiu bisturi no nervo de dente exposto quando o blogueiro registrou que o Atlético será hexacampeão mineiro, assim como o Cruzeiro é hexacampeão da Copa do Brasil. Usa, porém, para a réplica um argumento que não é digno dele: “os títulos do Atlético foram conseguidos de maneira consecutiva…” Sim, Bernardo. Mas e a abissal diferença de dificuldades para a conquista de um e de outro?
Vila Nova, Uberlândia, Democrata, Betim, Athletic, times valorosos sem dúvida, mas podem se comparar com Palmeiras, Corinthians, Flamengo, São Paulo, Santos e Grêmio?
5. Marcelinho Mineiro apela com o blogueiro:
“Avisei antes. Está ficando ridículo o que vem falando aqui. Dalai pára enquanto há tempo hábil. Sua falta de argumentos é ridícula. Seu timeco, em um campeonato com 12 participantes (sendo 1 grande) conseguiu ficar em sexto lugar e a culpa é da arbitragem?”
Marcelinho, vamos por partes como diria Jack: Você tem toda razão quanto ao fiasco do Cruzeiro na primeira fase do campeonato mineiro. Sem aquela fórmula esdrúxula, não chegaríamos lá. Não por coincidência, tivemos três técnicos no período.
Mesmo sem méritos, fomos para as finais. Aí, meu caro Marcelinho, você também tem de concordar: Simplesmente vergonhosa a não expulsão de Lyanco, que poderia alterar o rumo do campeonato.
A FMF é o SAMU do Atlético. Precisando, aparece na hora e resolve.
6. Augusto abandonou por enquanto a procura de novas modalidades esportivas (purrinha, cuspe à distância…) e se preocupa com o calendário do Vôlei e do Futebol Feminino, Série A, categorias nas quais o Atlético não consegue nem entrar. Depois avisa que o choro do Cruzeiro, que não acaba, já está nas telas do cinema…
Meu caro Augusto, pra parar o assunto você tem de combinar com os comentaristas esportivos, que lembram do episódio Lyanco-Dudu sempre que ocorre uma barbaridade nas arbitragens. Aquele Cruzeiro x Atlético virou case.
Agora mesmo, segunda-feira, na decisão da semifinal entre Palmeiras e São Paulo, inventado o pênalti de Arboleda em Vitor Roque, o lance decidiu a partida. Interpretações equivocadas, como se viu na divulgação do vídeo do VAR, levaram ao erro crasso. Parabéns à Federação Paulista que 24 horas depois divulgou o vídeo, escancarando o vexame. Ao contrário da FMF que levou uma semana pra divulgar, ainda assim de forma restrita, apenas para o Cruzeiro, que requereu a providência. Vergonha, é pouco.
7. Fala Sério replica o blogueiro:
“… E o Dalai, que jura ser isento, perdeu uma grande oportunidade em provar sua isenção. Porque passou várias colunas aqui falando que o PC, comentarista de arbitragem da Globo, interpretou o lance do Xerife Lyanco no escoteiro cruzeirense como falta pra cartão vermelho. Mas no sábado passado, o mesmo PC interpretou o lance do jogador do América como agressão e como correto o cartão vermelho aplicado. E aí, Dalai, sua régua mudou de lugar?”
Meu caro Fala Sério, realmente não citei a opinião do PC no lance do América porque a posição dele foi contestada por muitos. Até agora há reclamações junto à FMF e à Justiça Desportiva.
Contrariamente, o pisão de Lyanco em Dudu foi taxado de lance pra expulsão por 90% da crônica esportiva. E poderia mudar o rumo do campeonato.
8. Fala verdade! A propósito da “Mão Grande” facilitando as coisas para o Atlético, neste Mineiro, tenho ouvido, surpreso, confissões de atleticanos sensatos (raridade!) confirmando a gatunagem. A última foi do meu amigo Starling, porteiro do meu prédio, atleticano desses chatos (desculpem o pleonasmo). “Doutor, o nosso time não precisava, mas foi ajudado pelo apito”.
9. Menos é mais – Continuam impressionantes os resultados da proibição de celulares nas escolas. É o Brasil se incluindo, neste quesito, no rol das nações mais desenvolvidas. Incrível como simples supressão resulta numa avalanche de ótimas consequências. Sentimentos como empatia, solidariedade, resiliência, relacionamento e argumentação brotam entre os meninos e jovens, mudando pra melhor perspectivas e expectativas. Na casa do blogueiro com apoio de filhos e netos, já há algum tempo, pra felicidade geral, celular não chega à mesa do nosso café ou do almoço. Após dorido período de abstinência, até o apetite aumenta porque você passa a ver, não só o que está comendo, mas também quem está à mesa, ao seu lado.
10. Carlos Aguiar – seja bem vindo. Pela comissão de recepção, você viu que balançou a barraca atleticana. Bom sinal. Uma frase sua poderia ser pintada no murão da Toca:
“Ser Cruzeiro é ser diferente, é ganhar contra o status quo já estabelecido nos conceitos desportivos nacionais.”
11. João de Deus Filho não alivia para o blogueiro: insistir com fantasiosos erros de arbitragem acaba com a pouca credibilidade que ainda conserva. O ponto central é o zagueiro Lyanco. Para o blogueiro um jogador que ainda nos dará muita alegria… Pra ele, um franciscano quase fazendo milagres…
João, olha o que Tostão escreveu ontem, em sua coluna na Folha:
“O jogo entre América e Atlético estava equilibrado até a grave falha do goleiro, seguido da expulsão, questionável, do jogador do América. Aí, a goleada ficou fácil.”
12. Uberlândia/Praia Clube Nota 10 – A cidade transforma-se na capital sul-americana do vôlei masculino.
Terça-feira, na quadra do Minas, o Praia Clube garantiu o tricampeonato do Sul- Americano de Vôlei feminino, ao derrotar o Alianza Lima, do Peru, por 3 x 0.
Na Arena UTC, em Uberlândia, equipes do Chile, Bolívia, Argentina e Uruguai disputam o título continental, no masculino.
Sesi Bauru, atual campeão da Superliga, Praia Clube, anfitrião, e Sada Cruzeiro, atual octacampeão sul-americano, representam o Brasil.
Sorry, periferia.
GARIMPO
“A experiência é aquilo que lhe permite reconhecer um erro quando você o comete de novo.”
(Earl Wilson)
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