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RECOMEÇO?

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • 14 de abr.
  • 3 min de leitura

São Paulo 1 x 1 Cruzeiro.


O placar foi o menos importante. Começamos de novo a ver um time em campo. Peças integradas e, sobretudo, com entrega, luta, combate. Faltaram finalizações que seriam condizentes com a melhor postura do Cruzeiro, principalmente no primeiro tempo. Tudo isto sem Matheus Henrique nossa melhor referência no meio de campo.


O jogo de ontem sinalizou uma revolução, com Gabigol e Dudu no banco. Quem, como o blogueiro, via Leo Jardim ostentando o entusiasmo de uma mosca morta, assustou-se com a ousadia do treinador. Primeiro, com a escalação anunciada, depois ao completar as cinco substituições, inclusive de centroavante, trocando Kaio Jorge por Lautaro, deixando Gabigol quieto no banco. Razões verdadeiras ainda serão conhecidas. Guerra? Sacudidela? Recados? A conferir.


Valeu a nova postura de um time absurdamente desacreditado embora depositário de tantas esperanças da Nação Azul pelo investimento feito. Passava da hora de ressurgir um time vestindo a camisa mais bonita do mundo. Tomara que a postura vista ontem no Morumbis não seja apenas um incidente de percurso. E sim um compromisso.

As páginas heroicas, imortais, agradecem.


  BATE PAPO NO QUINTAL


1. Pinto no lixo – Sem suspeitar que também na terceira rodada do Brasileiro dormiriam na zona de rebaixamento, os atleticanos assanhadíssimos na manhã de quinta, pós jogo do Cruzeiro com o Mushuc Runa, até então desconhecido time do Equador. Pelo nome, tá mais pra personagem do Rei Leão, mas em campo, acabou com a nossa noite. Não poderia acontecer nada pior pra nós. E melhor para os atleticanos. Gozeiras, criativas algumas, encheram nossa manhã e nossa paciência. Bloco liderado, dentre outros, por Marcelinho Mineiro, Romulo, João de Deus, Gustavo Bianchetti e Peppeu. Fizeram o que faríamos, e já fizemos tanto, quando outros “Mushuc” da vida azucrinavam o Atlético. “Hoje é meu dia, amanhã será o seu…”


2. Manuel Panhame – A farra teve um lado bom: fez ressurgir o festejado historiador atleticano do qual dizia-se ter sido abduzido pelo planeta Vênus.


3. Pedrinho BH – A cada dia o Cruzeiro mais lhe deve pela dedicação e pelos investimentos. Há muito tempo é o nosso pronto socorro financeiro. Amigo certo das horas incertas. Mas está cometendo um pecado: usar na administração do Clube o mesmo estilo que aplica em suas empresas. São coisas diferentes. Aqui ele trabalha com emoções. Lá, com mercadorias. Linguagens diferentes. Por isto nos cansamos de recomendar o “media training”. Sem êxito. Não é constrangimento pra ninguém reconhecer dificuldades e procurar evoluir. Quinta-feira, a pedido dos jogadores, recebeu um grupo em seu escritório, em Contagem. Estiveram com ele Cassio, Fabricio Bruno, Gabigol, Dudu, Lucas Silva, Romero e o diretor de futebol Alexandre Mattos.


Certamente, os jogadores queriam espaço pra reclamar das recentes declarações de Pedrinho lamentando algumas caras contratações. A generalização atingiu a todos. Esperavam encontrar presidente de clube, mas toparam com empresário habituado, pelo sucesso econômico, a dar a última palavra, sem necessidade de explicações, sem concessões nem mesmo à dúvida.


Lembrei-me da lição de Benedito Valadares: “Conversa de mais de dois é comício. ” A gravidade e confidencialidade dos problemas a serem tratados mereciam abordagem individual. Jamais em grupo.

Enquanto Pedro Lourenço não separar as duas pessoas que moram na sua cabeça o futuro do time é incerto. Dinheiro compra muita coisa, não tudo.

Na NBA, o Phoenix investiu mais de R$ 2 bilhões com jogadores na temporada. Apenas com o chamado trio de ouro, Devin Booker, Kevin Durant e Bradley Beal, foram R$ 884 milhões.

O Phoenix não vai nem à repescagem que vale vaga nos “playoffs”.


4. “Não precisa acender a luz” –Dessas histórias que nos reduzem a grão de areia. Na Livraria Travessa, Shopping Leblon, no Rio, foi lançado esse livro, fruto do diálogo do jornalista Mauro Ventura com Eurico Cunha, 81 anos, vitorioso empresário no ramo de restaurantes e campanhas pela inclusão social. Aos 6 anos de idade, em razão de dois acidentes domésticos, o menino Eurico ficou cego. Aos 15, ouviu de seus pais que já era hora de cuidar de seu próprio sustento. O jovem começou então a trabalhar e se preparar para a vida. Não parou mais.


Graduado e mestre em administração pela Fundação Getúlio Vargas, destacou-se como professor, consultor e empresário, contribuindo para políticas inclusivas e impactando a vida de milhares de pessoas. Foi um dos mais bem-sucedidos restaurateurs do Brasil, tendo fundado mais de 50 restaurantes, alguns dos primeiros no país a receber estrelas Michelin. Sua trajetória une determinação, visão estratégica e pioneirismo, consolidando seu nome como um dos maiores empreendedores de sua geração.


GARIMPO

“Debate é uma troca de conhecimentos; discussão é uma troca de ignorâncias. ”

(Robert Quillen)

 
 
 

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