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NÃO RIAS DE MIM, ARGENTINA!

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • 27 de mar.
  • 5 min de leitura

O que é pior: ver o nosso time ou a seleção brasileira tomar um vareio daquele? Acho que seleção dói mais pelo envolvimento de nação, terra, sangue, antepassados, história.

Somos celeiro do mundo em craques de futebol, em taças levantadas, mas nas últimas décadas perdemos o tempero. Nada dá certo.


 A gente atropelava “los hermanos” da América do Sul, Central, Asia. Na Europa, umas pedreiras dificultando as coisas, mas o saldo sempre foi positivo a partir de 1958.

Seleção brasileira tornou-se excelência de padrão de jogo na nossa memória afetiva. Defesa tipo muralha. Meio de campo entornando garra e arte. Ataque avassalador. Era só isto. Sempre.


Agora colecionamos vexames.


Terça-feira, em Buenos Aires, com 15 minutos de jogo já perdíamos por 2 x 0. E o placar nem foi o pior. Insuportável foi o baile. O “Olé” gritado cedo das arquibancadas.

90 minutos de contraste entre um time de jogadas ensaiadas até pra cobrar lateral, com flashes de arte em escanteios e bolas paradas, do outro lado um inacreditável ajuntamento de condomínio vestindo a camisa que, por muito tempo, foi a mais respeitada no mundo do futebol.


Uma pena.

Simeone, jogador da seleção de futebol da Argentina
Miguel Pessoa/Código19/Estadão Conteúdo

BATE PAPO NO QUINTAL 


1. Recordar o passado é viver duas vezes – Em boa hora foi noticiado o resumo histórico de vitórias de clubes brasileiros sobre os argentinos:

Botafogo – 6

Vasco da Gama – 9

Fluminense – 11

Corinthians, Internacional -12

Santos, Atlético-MG – 21

Palmeiras – 26

Grêmio, São Paulo – 31

Flamengo – 39

Cruzeiro – 43

Sorry, periferia.


2. Melhor da noite! – Brasil tomando vareio da Argentina que estava sem Messi, Lautaro Diaz, Lucas Romero e Juan Dinenno.


3. Que sina – O Atlético esteve presente nas duas maiores goleadas sofridas pelo Brasil. Hulk, Bernard e Arana, vestindo a camisa canarinha, levam 11 gols em dois jogos. Dos três, o único com justificativa validade pela péssima atuação é Arana: sofreu choque psico-traumático reencontrando no mesmo Monumental de Nunez, o endiabrado Thiago Almada. Na sua cabeça, flashes dispararam um dorido replay, daqueles “não vale a pena ver de novo”. Almada vestia a camisa do Botafogo.


4. Marcos Mineiro faz crua análise do vexame:

“A humilhante e esperada derrota da seleção brasileira escancarou o grande problema de nosso futebol na atualidade. Não sei se por incompetência, mau-caratismo, ganância, ou o quê, mas o Brasil fez uma opção interessante: há muito tempo deixou de investir no futebol de base para gastar fortunas com passes e salários de jogadores estrangeiros, de qualidade discutível – geralmente refugos dos clubes de fora. 


Enquanto isto, outros países como a  própria Argentina, atualmente a Espanha, Alemanha, conseguem revelar jogadores de alto nível e, com isso, formar seleções excelentes e, principalmente, faturar altíssimas somas com seus jovens. Aliás, li ontem que jogadores da base do Cruzeiro, que foram para outros clubes, movimentaram somas superiores a 900 milhões, enquanto o Cruzeiro mesmo está numa miséria de fazer rir. Comprando jogadores ruins e caríssimos. Não estaria na hora de virar esse jogo? Se bem que acabamos  de reeleger um presidente da CBF que é, ele mesmo, uma vergonha! Apoiado pelas Federações estaduais, cujos motivos são inconfessáveis. Enquanto isso, lemos os grandes colunistas, mais preocupados com  política do que com o esporte, escrevendo asneiras que ruborizam até micos de bananeira.”


5. Fala Sério! (?) – pega carona num debate sobre SAFs do Cruzeiro e Atlético e entra de sola. Antes, havia cometido perigoso pecadilho: exagerou no Chá de Ayahuasca.

Em estado-Nirvana o mundo é lindo, pega a mão de Alice, esquece Diamond, construção da Arena, gramado, dívidas que sobem (?) a cada pagamento feito, entra no Paraíso, descrevendo assim a gestão SAF do Atlético: 


“… Já o Atlético foi vendido pelo Menin para o Menin por “apenas” $913 milhões, abaixo do valor de mercado. Isso dá mais de 18 vezes o valor de mercado do Cruzeiro. Ainda assim, gerou revolta em parte da torcida por ser abaixo do que valia o Atlético. Depois, reconhecendo que precisavam pagar mais, fizeram mais um aporte de $200 milhões para completar o valor. Mais de 22 vezes o valor de mercado do Cruzeiro. Honestamente, não dá para debater esse assunto, não Dalai. Quer mesmo continuar?”


Quero, sim, continuar mas deixa passar o efeito do Chá de Santo Daime.


6. J. Silvestre rebate a tradicional hegemonia azul:

“Até que após diluvio na região do povo superior, os conscientemente inferiorizados sentiram que poderiam crescer.” Dalai, sugestão para o GARIMPO: A Soberba precede a queda (Provérbios 16:18-24).


Meu caro J. Silvestre,  vocês insistem em rotular de vaidade e soberba tudo que é apenas comemorações de nossos títulos. Há outra forma de externar alegria, felicidade pelas conquistas? É o que os atleticanos também fazem. 

A gente comemorava mais, porque ganhava mais.


7. Ainda as pesquisas – Após o lançamento do Monstro-Fake, aquela hilariante “pesquisa” colocando o Atlético entre os primeiros na preferência nacional, a turma da Barraca entrou em êxtase. E haja pancadaria em cima do blogueiro:

Marcelinho Mineiro:

 “Dalai, você está causando inveja em Chico Anisio e em Jô Soares (mesmo depois de mortos)!

…em 100 pesquisas o Atlético ganha em 2… Se esqueceu que as 98 anteriores foram feitas na época que ainda existia o Cruzeiro… Acorda, tá feio!”

Augusto


“As pesquisas atuais tendem a ser mais confiáveis devido à maior representatividade, ao uso de tecnologias avançadas para coleta e análise de dados e à capacidade de monitorar e ajustar as metodologias em tempo real. Antigamente, as amostras eram limitadas pela capacidade dos pesquisadores de alcançar eleitores, principalmente em áreas remotas ou em grupos com difícil acesso (sem telefone, por exemplo), bla-bla-bla etc. Isto explica facilmente, o Dalai está preso a pesquisa dos anos 70, 80, 90. Época que se usava telefone discado, e internet era discada rsrsrs”.


Dito isto, vamos ao resultado da mais credenciada empresa de pesquisa do País – Data Folha – realizada há 4 meses, novembro/2024:

Após confirmar a liderança do Flamengo, no País (19%, contra 14% do Corinthians), analisa as torcidas no Sudeste, com este resultado:

1º. Corinthians – 20%

2º. Flamengo – 15%

3º. São Paulo e Palmeiras – 8%

4º. Cruzeiro – 7%

5º. Santos e Vasco – 5%

6º. Atlético-MG – 4%

7º. Fluminense – 3%

8º. Botafogo – 2%

9º. Ponte Preta – 1%

Sorry, periferia.


8. Rafael de Novaes Rocha vem aí –  A próxima coluna, última do mês, dia 31, segunda, terá a assinatura de nosso revisor-editor. Virá logo após a estreia oficial do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro.  Sábado, 18h30, no Mineirão, contra o Mirassol. O nosso choque com a realidade terá arguta análise da juventude azul.


GARIMPO


“Se todos fôssemos metade do que podemos ser, os problemas do mundo estariam resolvidos.”

(Mahatma Gandhi)

 
 
 

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