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NOTA 8 PARA TESTE CONTRA O BOTAFOGO

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • 17 de mar.
  • 5 min de leitura

Portões fechados, sem imprensa, como previsto, com 4 tempos de 30 minutos cada. No fim, empate de 3 x 3. Leo Jardim fez análise curta e positiva: “evoluímos em termos de circulação”. Aleluia! É o que a gente mais precisa acabando com aquele tricô de intermediária. Irritante. Perigoso, ao chamar o adversário para o nosso campo, sem conseguirmos o almejado contra ataque com bola longa enfiada na frente. Tomara que esse horror tenha acabado. Chega de jogar pra trás. Vamos ter nova prova amanhã, em jogo-treino contra o Pouso Alegre, às 10h na Toca.


Um último teste, desta vez com público e imprensa, sábado contra o Bragantino, em São Paulo.


Matheus Pereira, Fabricio Bruno e Bolasie, que justificadamente não puderam viajar ao Rio, devem compor o time para os próximos treinamentos.

Meta: desemperrar uma boa máquina, que tem boas peças, mas carecendo de reajustes.

Temos 12 dias pra concluir essa tarefa: sábado, dia 29, às 18h30, no Mineirão, marcará nossa estreia no Brasileiro, enfrentando o noviço Mirassol-SP.


Cruzeiro 1921
Cruzeiro 1921

BATE PAPO NO QUINTAL


1. Água no chopp – Jogando o tempo todo contra 11,  sem VAC, o Atlético foi derrotado pelo América, num Mineirão tomado pela sua torcida. 1 x 0. Finda a partida, a massa atleticana colocou aquele sorriso amarelo no rosto e tentou comemorar não só com o corpo, mas também com a alma. Acho que não conseguiu.

Meia dúzia de foguetes. Alguns bares atleticanos reacendendo fogueira molhada. E no fundo aquela dúvida que tira o sono: E se sempre fosse sem VAC e 11 contra 11?

Não chego a tanto, mas um amigo cruzeirense psicólogo percebeu um sentimento de usurpação em rostos atleticanos.


2. Atlético reclama da FMF – Como assim, deixaram despejar água no nosso chopp? Cadê a ajuda de emergência que nunca nos faltou? 11 contra 11 o tempo todo? Nem uma expulsãozinha marota? Nem um penaltizinho estratégico? Cadê nosso amigo de Curitiba?

3. Vaidade – O termo está em nosso hino, mas sem nenhuma conotação de exibicionismo como insistem os atleticanos. É a satisfação de pertencer ao Maior de Minas e melhor clube brasileiro fora do eixo Rio-São Paulo. Isto não foi conquistado agora, mas em meio século de protagonismo no futebol brasileiro.


História rica de páginas heroicas, imortais, de vez em quando, sem ninguém imaginar, é relembrada sob formas inesperadas,  extravagantes. No final do primeiro Fla-Flu pela decisão do carioca, quarta-feira, 2 x 1 para o Flamengo, houve tumulto pós jogo porque o atacante Luiz Araújo passou perto do banco do Fluminense, baixou a meia e mostrou tatuagem com a  taça da Copa do Brasil conquistada ano passado (em cima do Atlético, na Arena Meu Rival Venceu, gerando aquele vandalismo inimaginável).  Mano Menezes, técnico do Fluminense, perguntado sobre o incidente condenou a provocação e mandou forte réplica: “Esqueci de tatuar as minhas taças, tenho três.”  Referia-se a 2009, dirigindo o Corinthians, e 2017/2018 dirigindo o Cruzeiro.

Nós, cruzeirenses, temos seis. Únicos.

Sorry, periferia.


4. Extraterrestres? – Um dia haverá Globo Repórter tentando explicar: “ Atleticanos: Quem são, como surgiram, como vivem, o que pensam, porque ficaram assim…”

No fim do ano passado tomaram traulitada homérica no próprio estádio, não souberam perder, depredaram, ameaçaram, bagunçaram, quebraram catracas, dezenas, presos, não viram o Flamengo erguer a primeira taça de campeão da Copa do Brasil na Arena MRV. Vexame mundial. Dias depois, em Buenos Aires, disputando a Libertadores com o Botafogo, a sorte de ver expulsão de volante adversário, com um minuto de jogo.


Botafoguenses, como o meu genro Matheus, confessaram: só não saíram do estádio naquele momento porque era impossível se locomover nas arquibancadas superlotadas. Pra eles, tudo tinha acabado ali. Esperava-se massacre. E veio, só que para o outro lado. O treinador atleticano conseguiu “armar” o time de tal modo que parecia jogar com 9, enquanto o Botafogo mostrava 15 jogadores. Vexame mundial-2.

Sêneca dizia que “o tempo cura o que a razão não consegue curar”.


Por “tempo” aí, entenda-se 10, 20, 50 anos…

Lucio Aneu Sêneca, 4.a.C., notável filósofo e advogado romano, não conhecia os atleticanos. Em dois meses viraram a página de BH e Buenos Aires, reaprumaram o corpo, lavaram a cara colocando nela aquele olhar de paisagem, como se nada tivesse acontecido antes,  e agora, com a descarada ajuda da FMF, nos jogos anteriores, festejam o campeonato mineiro em cima do América, como se fosse a Champions League.  E tome-se espocar de foguetes, passeatas na Savassi, desfile de bloquinhos “enlouquecidos” de alegria. Memória fraquíssima. Em verdade, os foguetes a gente até entende. Queima de estoque.


5. Roberto Cardoso de Sousa, escrevendo antes do jogo de sábado, não compreendia as razões do blogueiro ao afirmar que a não expulsão de Lyanco pode ter mudado o rumo do campeonato mineiro.

Meu caro Roberto, o Cruzeiro estava melhor, no jogo contra o Atlético. Tinha possibilidades de vitória, desclassificando o seu time.


6. Fala Sério, provando que Sêneca tinha razão, mesmo a curto prazo, tem a coragem de se referir assim aos dois vexames graúdos do Atlético em BH e Buenos Aires:

“… E o Dalai quer comparar os relativos insucessos do Atlético na Copa do Brasil e na Libertadores do ano passado com a dolorida perda da ex-champions league mineira…”

“Relativos insucessos” (?) só isto pra rotular aquelas duas catástrofes?

Meu caro Fala Sério, paixão cega é má conselheira e má redatora.


7. Alejandro agradece ajuda do blogueiro:

“Querido Dalai, venho agradecer a vossa senhoria: tenho um tio que lutava há 5 anos contra depressão; já passou por diversos psiquiatras e psicólogos e não havia evolução. Mas por força do destino começou a ler o seu blog e assistir os vídeos do Jaeci. Foram tantas risadas que, milagrosamente, ele está livre da depressão. Muito obrigado.”


Meu caro Alejandro, fico feliz pelo seu tio. Mas não agradeça só a mim e ao Jaeci. Lembre-se da colaboração que sempre encontro na FMF e no VAR por ela formado de acordo com as “necessidades” do Atlético. Falhou sábado, é verdade, mas já tinha feito o suficiente.


8. Guilherme Diniz, com o apoio de Rômulo, questiona a “Mão Grande” da Federação Mineira e lembra que o Cruzeiro também já foi favorecido pela arbitragem.

Sim, Guilherme. Sim, Romulo. Concordo. O que nos diferencia é a porcentagem. Cruzeiro 10%. Atlético 70%.


9. Augusto faz brincadeira pretensamente absurda, se esquece da força do subconsciente, e pode estar revelando verdades em ato falho:

“Na minha opinião, o Lyanco deveria ser expulso;

Na minha opinião, minha avó não deveria ter morrido;

Na minha opinião, a FMF rouba para o Atlético;

Na minha opinião, o Dalai tá sempre certo.”

Equipe formada por psiquiatra, psicólogo e um pai de santo examina o texto.



GARIMPO


 ‘Volta por Cima

“Chorei, não procurei esconder. Todos viram.

Fingiram.

Pena de mim não precisava.

Ali onde eu chorei

Qualquer um chorava.

Dar a volta por cima que eu dei,

Quero ver quem dava.

Um homem de moral não fica no chão

Nem quer que ninguém lhe venha dar a mão.

Reconhece a queda

E não desanima.

Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima.”


(Paulo Vanzolini)

 
 
 

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