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AJUSTANDO TURBINAS

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • 26 de mai.
  • 3 min de leitura

Estimulado pela vitória do Flamengo, à tarde, o Cruzeiro entrou em campo à noite, em Fortaleza, disposto a não perder a vizinhança parede com parede com o Palmeiras.

Conseguiu impor um ritmo de ataque avassalante, mas que produziu apenas dois gols quando poderia fazer três vezes mais.  No segundo tempo, alterações no time cearense resultaram numa outra equipe, fortalecida no meio de campo e atacando com perigo. Soubemos resistir com destaque, outra vez, do goleiro Cassio em excelente atuação. Por fim, encerrada a partida, os quatro primeiros colocados do campeonato brasileiro são Palmeiras, líder, com 22 pontos ganhos; Flamengo, vice líder, com 21 pontos; Cruzeiro, terceiro, com 20 e Bragantino, em 4º., com 17 pontos. O Bragantino joga hoje à noite, contra o Juventude. Se vencer, iguala-se ao Cruzeiro, em pontos ganhos.

Domingo, dia primeiro, será a nossa vez de encarar o Palmeiras. Dependendo de combinação de resultados, qualquer dos quatro pode assumir liderança. 


Samuel Andrade/Cruzeiro/Flickr
Samuel Andrade/Cruzeiro/Flickr

BATE PAPO NO QUINTAL


1. Atlético 0 x 0 Corinthians – Mistão paulista transformou a Arena MRV no Recreio dos Bandeirantes. De novo um sufoco e o gol só não saiu no primeiro tempo por erros primários de finalização. Placar justo: 4 x 2 para os paulistas que pouparam quase todos os titulares. No segundo, prevaleceu o equilíbrio.


2. Árbitro, uma vergonha à parte  – O gaúcho Rafael Rodrigo Klein foi a primeira vítima do novo esquema atleticano de pressionar a arbitragem: reclamar de tudo! Sob a liderança de Hulk, os jogadores passaram a não aceitar nenhuma marcação de falta. Rony e Scarpa eram os mais ativos. Gestual exagerado pra motivar negativamente a torcida. Até laterais foram questionados. Em razão da submissão de Rafael Klein (Hulk ironizava com aplausos ostensivos), não encontrou força pra cumprir seu dever expulsando Lyanco, com um segundo cartão amarelo ao segurar Hernandez, no meio de campo, impedindo que partisse livre para a área atleticana.  Ontem, a direção do Corinthians formalizou protesto junto à CBF. Vexame.


3. Aleluia! – Naquele amasso contra o Atlético, no Mineirão, foram 20 escanteios cobrados no modo “deixa pra lá que isto não vale nada”. Muita gente reclamou, inclusive o blogueiro e Marcos Mineiro. Finalmente, quinta-feira, em Goiás, contra o Vila Nova, após cinco cobranças  jogadas no lixo, com aquele esquema idiota de retornar a bola para o meio de campo, Matheus Pereira resolve cobrar escanteio como escanteio! Resultado, gol de cabeça de Jonathas Jesus.

Vamos guardar esta lição?


4. Meia hora de açougue  – nos bons tempos das peladas com bola de meia, em qualquer terreno baldio com mais de 20 metros quadrados, chegava um momento aleatório que alguém gritava “Meia hora de açougue!” Aquele pedacinho de chão passava a ser terra sem lei. Valia tudo: agarrão, carrinho, tranco, pé alto, tudo. Menos mão na bola.


Neste minifúndio há momentos também de “terra sem lei”…  valendo quase tudo.  Foi assim, após o surpreendente amasso do Cruzeiro, no Mineirão. Sem ter o que falar sobre o jogo, evidentíssimo linha-contra-defesa, os atleticanos apelaram para temas já batidos e outros recentes, como o Muschuc. Foi liberada “Meia hora de açougue”. O livre pensar. Os ataques sem freio. Felizmente, nenhum excesso, daqueles de corar crupiê de zona boêmia. E um saldo positivo: Peppeu, na pressa  de aumentar as gozações,  ressuscita um tema pouco recordado em nosso calvário. Exatamente aquele que deu origem à série:


“… Nunca fomos merecedores de matéria de um hora no horário nobre do Fantástico…”


Sim, uma denúncia anônima, covarde, absolutamente inoportuna, colocou a polícia, de surpresa, na nossa sala, dando inicio a uma esculhambação geral, sucedendo-se manchetes cada vez mais escandalosas, desmoralizando o nome do Cruzeiro, impedindo o que seria recomendável naquelas circunstâncias: uma auditoria séria, ao lado de investigações sigilosas da polícia especializada. O tsunami nasceu assim. Hoje há um consenso no Clube: quem fez esta denúncia escandalosa causou tanto mal ao Cruzeiro quanto a turma do Wagner/Itair.


5. Hugo Calderano – Em todos os tempos, as finais mundiais do tênis de mesa jamais tiveram representante do continente americano, sul, norte ou central. Era coisa exclusiva dos asiáticos e europeus. Isto dimensiona a importância da conquista do carioca Hugo Calderano um brasileiro de 28 anos, preparado pra ser diferente no esporte e na cultura; fala sete idiomas: português, inglês, espanhol, alemão, francês, italiano e mandarim. Assim, entende o que seus adversários falam durante os jogos. Um herói que se sagrou ontem vice-campeão do mundo.


6. Rafael vem aí – como sempre,  a última coluna do mês, próxima quinta, 29, terá a assinatura de um jovem antenado no Cruzeiro. Um grande clube que, pouco a pouco, se reencontra com seu passado de “páginas heroicas, imortais.”


 GARIMPO


“Amar é equivocar-se”.

(Fernando Pessoa, 1888-1935)                                                                            


 
 
 

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