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VEM AÍ!

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • 30 de jun.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 18 de jul.

O QUINTAL nasceu no pior momento da história do Cruzeiro. 

Este democrático minifúndio acompanhou o calvário cruzeirense desde os primeiros dias, quando sequer vislumbrávamos a luz no fim do túnel. Juntos testemunhamos alguns dos momentos mais desafiadores na vida de um torcedor. Na primeira pessoa do plural. Todos estavam, e continuam, por aqui. Cruzeirenses, atleticanos e americanos; cristãos e ateus; hippies e faria limers; gregos e troianos; todos são, e sempre serão, muito bem-vindos nesta ágora futebolística.

Sem muros ou cercas, o QUINTAL foi idealizado como um espaço amplo e sem fronteiras para uma boa prosa. Em um mundo tão fragmentado pelo extremismo, isso é valiosíssimo. A queda e reconstrução de um gigante foi narrada e comentada por cruzeirenses e não cruzeirenses. A presença para além dos muros do Barro Preto sempre foi essencial para o QUINTAL. E assim esperamos que seja pelos próximos anos.


Trago, então, a notícia já requentada: vem aí um livro do QUINTAL DO DALAI.  

A história deste minifúndio será registrada em páginas pouco heroicas e mortais. Uma coletânea das colunas mais representativas destes cinco anos de atividade. Os piores momentos do sofrimento da pandemia, a reconstrução de Ronaldo e os dias menos turbulentos com Pedrinho, tudo isso narrado com bom humor e pluralidade.

Marque em suas agendas: o lançamento do livro será em Belo Horizonte, dia 26 de julho, às 15h, no Restaurante Bebedouro – Espaço 356 – Bairro Olhos d’Água. O chopp será por conta do blogueiro. Esperamos todos os assíduos frequentadores destas bandas virtuais para um brinde. São todos co-autores desta história.



Vinnicius Silva/Cruzeiro/Flickr
Vinnicius Silva/Cruzeiro/Flickr

BATE PAPO NO QUINTAL

1. Carência afetiva –  A Barraca Atleticana chegou a programar passeata na Savassi, após o gol de Paulinho, pelo Palmeiras, eliminando o Botafogo, nos Estados Unidos. Seria a “Passeata do Desagravo!” Já estava quase tudo pronto quando alguém de bom senso (ufa!)  perguntou: “O que a gente tem a ver com isto?”. Balde de água fria na fogueira. Finalmente acordaram: estavam preparando um vexame pra compensar um vexamão.

2. Gratias, Mushuc e Souza! – O Cruzeiro dividindo a liderança do campeonato brasileiro com o Flamengo se observado como primeiro critério de desempate a vitória no confronto direto, prestes a ser oficializado pela Fifa; com a posição de liderança em várias outras modalidades esportivas, e o Atlético não conseguindo nem acertar a data de reapresentação dos jogadores, será que vai ser hoje mesmo?  Nesta situação de  trinca no casco do barco,  os atleticanos entram na overdose de Mushuc e Sousa, requentando vexames azuis. E tome repeteco.  Enquanto isto,  time feminino de futebol, na zona B; time sub-20 de futebol na zona de rebaixamento, ocupando a vice lanterna. E sábado, “vexaminho” do sub-15 atleticano: 7 x 1 para o Coimbra, pelo campeonato mineiro da categoria. O técnico Jonathan Silva foi demitido.


Salve Mushuc e Sousa!

3. Alejandro comete o que os psicólogos chamam de “ato falho”: atribuir ao outro aquilo que lhe atormenta. Transferir seus anseios, angústias, medos.

Imagine só o que ele teve a coragem de escrever:

“Dalai, você tenta de todas as formas desmerecer e diminuir o Atlético, mas isso só demonstra o quanto se importa com o seu algoz. Não precisa ser nenhum estudante de psicologia para ver o quanto o Atlético incomoda vc, é só ler o seu texto. A barraca cruzeirense dorme pensando no Galo…”

Sou eu quem fala, a cada linha em três anos na B? Eu quem grafa a toda hora BBB? Quem em cada parágrafo lembra o Sousa e o Mushuc?

Meu caro Alejandro, cuidado com as transferências, sejam bancárias ou psicológicas! O atleticano, há mais de meio século, tem fixação no Cruzeiro. Há muito tempo eu já escrevia que ele chega a ficar mais feliz com nossa derrota do que com a própria vitória. E lembrava pesquisa feita nos Estados Unidos: você prefere ganhar na loteria ou ver a casa de seu vizinho, muito melhor que a sua, pegar fogo?

Óbvio que o incêndio ganhou sempre.

O Atlético, sem forças para reação própria, passou durante anos a vestir outras camisas. Qualquer uma, que vencesse o Cruzeiro. Nos estádios, tornaram-se comuns camisas do Borussia, Bayern, Estudiantes, etc. Ou plaquinhas com “Obrigado, Borussia”… Veron teve fã clube em BH e deu nome a filhos de atleticanos nascido na época. Há fixação maior?

O Cruzeiro era time do mundo. O Atlético sobrevivia nos subúrbios. Isto perdurou por décadas. A gente cantava nas arquibancadas: “Não ganha nada, time sofredor…”

Com o tsunami interno que nos atingiu em fins de 2019, seguido da pandemia mundial, amargamos 3 anos na Série B, como aconteceria com qualquer Clube nas mesmas circunstâncias. Só agora nos aproximamos de nosso passado glorioso, aquele que entupia a sala de troféus.

Com a nossa ausência, os atleticanos tiveram, sim, o seu momento de brilhareco. Deitaram e rolaram.

Mas a farra acabou. Lenta e assustadoramente como o deslocar de placas tectônicas, o Cruzeiro move-se rumo à sua grandeza.

O resultado é esse apavoramento na Barraca. Um corre-corre que assusta. A gente entende. Se ficar, o bicho come; se correr, o bicho pega…

Vamos por partes? Assim preferia Jack.

Primeiro, o caso Paulinho-Atlético-Palmeiras. Capítulo novo é a revolta do jogador que ainda não recebeu o que lhe era devido, embora o Palmeiras tenha liquidado todo o seu débito com a transação. Sem saber o que falar, os atleticanos caem em ensurdecedor  silêncio. Menos dois: Roberto Cardoso de Sousa responde acusando: lembra o episódio Tostão com o Vasco. Um caso tem tanto a ver com o outro, como asa de borboleta e carreta de dois eixos.

4. J. Silvestre é outro que, sem freios, atravessa via preferencial.  Tudo começou quando Gelvane de Melo Cardoso recordou:

“O maior vexame da história do Atlético foi a compra do certame de 1937, um absurdo além da imaginação.”

Gelvane se referia, obviamente, à “concessão”  pelo ex- presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues  do título de campeão brasileiro ao Atlético por ter  vencido torneio regional  do qual participou, inclusive, a Marinha. Difícil encontrar  insanidade maior. Há uma corrente, na CBF, que defende a nulidade de todos os atos praticados por Ednaldo.

Em resposta a Gelvane, J. Silvestre atropela bêbado no passeio:

“Você está afirmando que foi comprado. Deve ter muitas provas e robustas. Afinal, o ônus da prova é de quem acusa, não é mesmo Dalai? E o que dizer da confissão do finado Benecy? Nada?”

Meu caro J. Silvestre, como já afirmei varias vezes neste minifúndio, Benecy Queiroz contou uma piada para um jornalista, numa roda de chopp. Imaginou um jogo amistoso, que nunca aconteceu, e disse que “comprou” o árbitro. Se você me disser uma razão, apenas, que levaria alguém a “comprar” árbitro em jogo amistoso, prometo desfilar na Savassi com a camisa do Atlético.

5. Halisson Souza adverte o blogueiro sobre algo “juridicamente muito sério”, que pode configurar crime de calunia por atribuir a Lyanco a pratica de um crime (ameaça ou tentativa de lesão corporal), sem qualquer comprovação. Lembra depois que “Redes sociais não são terra sem lei.”

Meu caro Halisson, começando a replicar do fim, concordo que “redes sociais não são terra sem lei” e lhe pergunto: e jornais diários, impressos, como o Estado de Minas? A entrevista de Lyanco foi concedida ao Estado de Minas. Ali seria “terra sem lei”?

Dispa-se de paixões e preconceitos,  assente-se, respire fundo, tome um copo d’água  e, finalmente,  releia as declarações do zagueiro. Não precisa ler a entrevista toda. Basta o parágrafo destacado em negrito, solto, logo abaixo da manchete.

O ideal seria que Lyanco percebesse que pessoas públicas devem ter extremo cuidado com o que falam ou projetam porque uma massa heterogênea vai interpretar suas palavras. Pra aplaudir ou censurar.

6. Agora Vai! Levanta dúvida etílica sobre o lançamento do livro do QUINTAL, dia 26 de julho, no Bebedouro do Espaço 356:

“Mas só vai ter chopp lá? E a Cristalina do Picão, como é que fica?”

Tem também, Ligurita, Farrista e muito mais,  com um buffet dos anjos (e demônios!). 

A diferença com o chopp é que ele é  oferta da casa. 0-800.

7. Galo Doido New York – Corre nos bastidores que o nosso mineiro nas terras de Trump aproveitará suas férias na Grande Bom Despacho e vai comparecer ao Bebedouro 356 para o lançamento do livro.

Será um prazer recebe-lo, bem como a todos os atleticanos deste minifúndio.

8. De volta aos anos 60 –  Na gestão de Felício Brandi o Cruzeiro tornou-se time do mundo, por dois fatores primordiais:  montou um timaço e seu Marketing passou a atuar nas escolas mineiras, distribuindo material escolar com os símbolos do Clube. Sementes que dão frutos até hoje, sendo responsável por amealharmos 70% da torcida do interior. O diretor Marcone Barbosa anuncia que um flash daquele trabalho será revivido no Espírito Santo. O time jogará dia 3, contra o Defensa e Justicia, mas  viajará hoje, chegando mais cedo pra fazer aquela mesma divulgação, em colégios de Vitória, Vila Velha e Cariacica.

Excelente iniciativa.

GARIMPO


“Não entendo como alguns escolhem o crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto.”

– Lawrence J. Peter

(Colaboração de Roberto Cardoso de Sousa, pela reedição)

 
 
 

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