PRA CIMA, PARA O ALTO!
- José Dalai Rocha

- 15 de set.
- 4 min de leitura

Demorou, mas o gigante está acordado!
Os “dias de glória” – raros nos tempos pós tsunami&pandemia, tornam-se frequentes, aguardados pela Nação Azul, porque o time alcançou, finalmente, um padrão de jogo. Com que prazer a gente escuta o dilema dos adversários: dar ou não a posse da bola para o Cruzeiro? Tipo se ficar o bicho come, se correr o bicho pega. Dar a posse, vem um sufoco. Não dar a posse e avançar, a consequência é fatal com os azeitados e conectados contra-ataques.
O Atlético sentiu essa dúvida mortal nos dois jogos. Sampaoli ainda procura, e não encontra, o posicionamento menos oneroso. As dificuldades estão no leque de jogadas que o Cruzeiro tem ensaiadas para a retomada de bola. Todas pra frente. Agudas. Adeus trocas infinitas de passe em nossa intermediária até que, pela pressão do adversário, a bola retornava ao nosso goleiro que, em seguida, entregava de novo a um defensor e os passes horizontais recomeçavam. Lembra? A gente morria de raiva pelo show de inoperância.
Graças a Leonardo Jardim e à Comissão Técnica, o sistema agora é outro. Incomoda os adversários, produz vitórias e, de brinde, nos dá o artilheiro do campeonato.
Merecemos, pelos longos tempos de deserto.
BATE PAPO NO QUINTAL
1. Hoje é o Bahia – 8 da noite, na Fonte Nova, a retomada do Campeonato Brasileiro. Lucas Silva, nosso grande capitão, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, está fora. Quebra-se a sintonia dos Lucas em nosso meio-campo, mas há boas peças de reposição, inclusive entre os novos contratados. No ataque, torço pra que se dê mais minutagem a Sinisterra. Está predestinado a espalhar alegria no mundo azul.
2. Cabulosas fazem história – Pela primeira vez uma decisão do Campeonato Brasileiro Feminino tem a participação de clube fora do eixo Rio-São Paulo. O Cruzeiro, que liderou o campeonato, perdeu ontem por 1 x 0 o segundo jogo do mata-mata na Neo Quimica Arena. O primeiro, no Independência, terminou no empate de 2 x 2. As cabulosas fizeram grande apresentação e, até o minuto final, tiveram chance clara pra marcar. Renda recorde em jogo de futebol feminino -1 milhão e 200 mil reais. Com 41.130 torcedores.
3. “Páginas heroicas, imortais” - De repente, sem que se imagine a dimensão, novas páginas são escritas elevando o acervo histórico do cruzeirense. Nestas duas últimas semanas foi assim, nas quartas de final entre Cruzeiro e Atlético. Expectativa que nasceu com o emocionante sorteio dos jogos e foi crescendo mesmo durante a paralisação dos campeonatos em razão da final das eliminatórias do mundial.
No sorteio, você lembra, era manhã de terça-feira, 12 de agosto. Depois de grande suspense para o início da solenidade, longos ensaios e explicações sobre o sistema, saiu finalmente a primeira bolinha: Cruzeiro!
Nação Azul de plantão. Corações subiram rápido à boca e passamos a aguardar nosso adversário no mata-mata. Faltava fôlego. Atenção grudada na mão da garota que mexia as bolinhas no globo de vidro. Eu queria o Athletico Paranaense, único time da Série B no torneio. Veio o Atlético Mineiro!
O Imponderável Futebol Clube começava a tecer o futuro.
Frisson geral no auditório e entre as autoridades. Um dos maiores clássicos do Brasil estava assegurado, já no primeiro sorteio. Alguns falaram em final antecipada, porque Flamengo e Palmeiras estavam eliminados.
Agora seria o sorteio de mando de campo. Até hoje não sei o que é melhor. Jogar a primeira no seu campo? A decisiva com torcida contrária?
A bolinha decidiu: Primeira disputa na Arena MRV e iria demorar por causa das eliminatórias, mas os atleticanos já começavam a ganhar. Projetavam o adversário seguinte, nas quartas de final, Corinthians ou Athletico Paranaense.
Passar pelo Cruzeiro seriam favas contadas.
Chegou o dia do primeiro jogo.
Armaram parafernália, grotesca pelo exagero. Arena entupida. Painéis que não acabavam mais. Torcida única, ensandecida.
O carnaval temporão durou pouco. Nos primeiros minutos, Fabricio Bruno faz golaço. Água na fervura. Há quem jura que até o galo de aço, na frente da Arena, estremeceu suas treze toneladas.
Kaio Jorge fez 2 x 0 e o silêncio no estádio ficou insuportável.
Para o segundo jogo, decisivo, no Mineirão, quinta-feira, o Atlético trocou de comando – sai Cuca, entra Jorge Sampaoli, preferido pela torcida. Correria na beira do campo, o argentino reascendeu a autoestima atleticana: Ganhar ou ganhar! Determinação! Raça!
Veio o jogo. Mineirão com torcida recorde. E nos primeiros minutos, uma boa vantagem que era de 2 x 0, passou para 3. Depois, 4.
A vida é azul de novo.
4. Bom dia, Nação Azul! Circula um vídeo feito pela Tik Tok na Toca 2, com ênfase nos funcionários, fisioterapeutas, jogadores e as dependências do Cruzeiro. É de arrepiar.
5. Marcos Mineiro proclama: “Fênix ressurgiu das cinzas”.
No primeiro jogo, Marcos já havia preconizado “vamos entrar com faca nos dentes e sangue nos olhos.”
6. Jamilton – aplaude o Departamento Médico do Cruzeiro:
“Não dá pra acreditar que há dois dias antes do segundo jogo, o nosso zagueiro Fabrício Bruno estava jogando pela seleção brasileira, na Bolívia, na altitude de 4.100 metros ... e a recuperação de Kaio Jorge? ”
Meu caro Jamilton, em verdade, não dá pra acreditar em muita coisa, no mundo azul. De repente, tudo mudou pra melhor. Parece milagre, mas é trabalho, persistência, garra.
Kaio Jorge foi tratado com o Exossomos tendo por base a rosa de damasceno, um arbusto de rosa perfumado e apreciado para extração de óleos essenciais.
7. Breno Aguiar, de Ipatinga, reforça nosso estoque de oxigênio:
“O QUINTAL é nossa dose semanal de conhecimento, uma verdadeira ilha nesse mar de chorume e da Internet.”
Breno, obrigado pelo retorno.
GARIMPO
“O problema de Brasília é o tráfico de influência, enquanto o problema do Rio é a influência do tráfico. ”
(Zózimo Barroso do Amaral, jornalista – 1941/1997)




Sr. Dalai, um bom dia. Ontem, tivemos uma noite bastante interessante. Enfrentando um time bem treinado, arrumado, ou seja, um bom time de futebol. E o Cruzeiro, apesar disso, demonstrou capacidade, força e organização. Mostrou, também, que os reforços adquiridos têm muita qualidade, o que nos deixa confiantes para a sequência do campeonato. Quanto ao jogo, gostei muito do gol do Gabigol: ele tem sido um baita profissional, compreende a exceocional fase do Kaio Jorge, fica na reserva (reclama um pouquinho por mais minutos) sempre pronto para entrar e fazer o melhor. E um golaço como aquele, certamente massageia o ego e dá ainda mais confiança e certeza de estar no caminho certo. A hora vai chegar. É ver…
Engraçado que ano passado Ness altura do campeonato o dalay só falava sobre sul-americana . No final do ano o GALO será campeão da Sula e o cruzeiro terceiro no brasileiro: quem teve o ano melhor?????
Boa tarde.
Tive que ler a coluna 3 vezes prá ter a certeza que era a que eu estava pensando.
É que nao ví nenhuma citaçao ao Hulk, nem ao Galo, muito menos nada sobre a Arena MRV.
Mas, que bom. Isso é motivo de alegria do lado de lá.
Conseguiram a façanha de eliminar o Galo.
Realmente tem que ser comemorado.
Porém, do lado de cá, só nós sabemos que estamos passando por um momento terrível.
O Galo tá muito mal e será preciso muito trabalho do Sampaoli prá erguer esse time.
Acho até que podemos sonhar com a Sulamericana.
Mas, precisamos mudar muita coisa pro ano que vem.
E esse é a nossa espectativa.
Lembro apenas aos que…
Boa tarde meus amigos
Hoje vamos escrever mais um capítulo da história de recontrução do nosso time celeste. Será contra o bem treinado time do Rogério Ceni na Arena Fonte Nova. Vamos com tudo para ganhar mais 3 pontos.
Alguns bons cruzeirenses tem voltado a frequentar o estádio. Pessoas que se afastaram em 2017 por causa do Itair Machado. Recentemente vi no Mineirão o Toninho Assunção. Estava com a família, não quis atrapalhar. Mas muito bom ver o Cruzeiro e o Cruzeirense voltando pro seu devido lugar.
Fico no aguardo de voltar a encontrar você e a Dona Sara que sempre foram figuras carimbadas no gigante da Pampulha.