O MUNDO É AZUL. E SUJEITO A CHUVAS E TROVOADAS

Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Reprodução

Você, corinthiano, palmeirense, botafoguense, atleticano viu o jogo de quinta-feira? Abstraia-se da disputa de seu próprio time no fim de semana,  fale a verdade e diga se não pressentiu uma final antecipada do Brasileiro, naquele Flamengo x  Cruzeiro? Times abertos, bola pra frente, acumulando jogadas de alto nível. Não por acaso, os dois goleiros foram incluídos entre os melhores em campo.

Filipe Luis, o jovem técnico do Flamengo, lembrou que em certos momentos parecia clássico da Premier League. “Nível europeu”, sintetizou. Sarrafo alto.

Com propriedade  e experiência, Leo Jardim alertou no vestiário, pós-jogo, que aquele excepcional desempenho seria anulado se não  houvesse um bom resultado contra o Sport. “Esse ponto só vai valer se a gente vencer domingo”, disse ele.

Parecia adivinhar.  O Cruzeiro de ontem estava irreconhecível para mais de 50 mil torcedores no Mineirão. O badalado banco de ouro entrou e não deu o recado que todo mundo esperava. Em especial, Arroyo e Sinisterra ficaram devendo principalmente pelos chutes ridículos a gol, matando ataques promissores. Confundimos velocidade com pressa, ataque com afobação. Correria com produtividade.

Contra Sport, Ceará e Santos, times da parte baixa da tabela, disputamos 9 pontos e só ganhamos um. Há alguma coisa errada, além de Marquinhos e Walace. 

Em razão de data-Fifa teremos agora 10 dias pra juntar os cacos, renovar o oxigênio  e aparelhar a artilharia. No retorno do campeonato, vamos enfrentar o Atlético na Arena MRV.

Quarta, depois de amanhã, retomamos os treinos.  Que Leo Jardim saiba fazer a poda e ativar os nutrientes.

     BATE PAPO NO QUINTAL

1. Convidado, prudente:

   
   

“Esperei um pouco antes de dar minha opinião sobre o jogo de quinta-feira. Na verdade, um belo jogo, em que as duas equipes se empenharam, como digo, com a faca nos dentes. Mas achei que o Cruzeiro foi um pouco melhor, mais incisivo. Como sempre, o juiz não fugiu à regra: teve de punir o time com a expulsão. O cartão amarelo, no lance, foi justo; o primeiro é que nunca deveria ser mostrado...”

2. Itabira -  Localizada a pouco mais de cem quilômetros de Belo Horizonte, Itabira é um forte reduto cruzeirense, sob a liderança de Paulo Cesar.  A cidade vem apresentando altos índices de desenvolvimento, muito bem conduzida pelo Prefeito Marco Antônio Lage,  executivo de comunicação corporativa, Marketing e Sustentabilidade, premiado nacionalmente diversas vezes. Ele já integrou a diretoria do Cruzeiro, onde deixou grandes amigos.  Estamos agora ultimando preparativos para o lançamento do QUINTAL DO DALAI em Itabira. Será um prazer visitar o consulado azul.

3. Fred Melo Paiva – um dos melhores cronistas esportivos do país dedicou a Hulk sua crônica de sábado, no Estado de Minas. Sob o título “Meu filho dirá ao seu neto que viu Hulk jogar”  faz uma espécie de despedida simbólica do craque, elevado a segundo maior ídolo do Clube e do mundo,  só perdendo pra Reinaldo. Deixando Pelé, Maradona e Messi na rabeira.

Separei um trecho que reflete a cegueira crônica que a paixão clubística provoca. Mesmo ciente de que, hoje, até os postes da rua sabem o que Hulk faz com os árbitros e os bandeirinhas, veja-se e delicie-se com a descrição de Fred sobre os dois últimos cartões amarelos:

“...Este último cartão, quando Hulk estava no banco, é de um absurdo atroz. Aquele outro, quando foi advertido depois de tentar cumprimentar o soprador de apito ao final do jogo, mais ainda. Não pode mesmo ser o capitão, pois é vergonhosamente prejudicado, o que acaba por prejudicar o time.”

Isto está escrito de verdade. Confira: pag. 35, Estado de Minas, edição de 4/10/25.

GARIMPO

“Você é o que você faz, não é o que você diz que vai fazer.”

(C.G.Jung, psiquiatra e psicoterapeuta, 1875/1961)