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MAIS UMA NOITE ESTRELADA NA ARENA MRV (MEU RIVAL VENCEU)

  • Foto do escritor: Rafael de Novaes Rocha
    Rafael de Novaes Rocha
  • 28 de ago.
  • 4 min de leitura

(Por Rafael de Novaes Rocha)


Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Flickr/ Reprodução
Gustavo Aleixo/Cruzeiro/Flickr/ Reprodução

Mesmo fora de casa, o Cruzeiro entrou em campo como favorito no primeiro confronto contra o Atlético pelas quartas de final da Copa do Brasil. E essa era a minha maior preocupação.


Em qualquer critério de análise, levávamos a melhor: momento, elenco ou onze inicial - a vantagem cruzeirense era ampla em qualquer comparação. Era justamente aí que morava o perigo. O cemitério do futebol está cheio de favoritos. E por aqui o fardo do favoritismo estava conosco: de um lado, a Jardineta voando baixo, com dois representantes em nossa Seleção; do outro, uma sequência de maus resultados e um futebol de doer a vista. Roteiro perfeito para… uma remontada atleticana. Pessimista de carteirinha, temia pelo pior. 


Porém, por sorte, ontem à noite o campo gritou a diferença entre as equipes. Visitante indigente, o Cruzeiro chegou à Arena MRV à vontade. Abriu a geladeira como quis, colocou os pés (com sapato) no sofá e tomou conta do controle da TV e da temperatura do ar condicionado. Jogava como se estivesse acostumado àquele ambiente. E talvez realmente esteja: é a terceira vitória cruzeirense em cinco confrontos na moderníssima arena atleticana. 


Apesar do primeiro tempo ter terminado sem gols, as melhores chances foram do time visitante. O Atlético tinha volume, mas pouco incomodou o goleiro Cássio; enquanto isso, o Cruzeiro empilhou chances desperdiçadas de matar a partida logo na primeira etapa. 


Na volta das equipes, consolidou-se o favoritismo. Os selecionáveis, Fabricio Bruno e Kaio Jorge, deram razão às escolhas do treinador Carlo Ancelotti e desequilibraram o confronto. Fabricio, num chute perfeito, impecável, abriu o placar; e Kaio, predador nato, com senso de oportunismo, emendou. Dois a zero, selando o favoritismo para o confronto de volta no Mineirão abarrotado.


Noventa minutos nos separam de mais uma semifinal da Copa do Brasil. O favoritismo, mais ainda, será nosso. E, mais uma vez, espero que os pés estejam no chão para sacramentarmos o nosso caminho rumo ao HEPTA. 


Encerro por aqui a minha participação neste novo minifúndio feliz da vida. E tentando, mais do que nunca, manter os pés no chão com a Jardineta. Daqui em diante, assume o blogueiro titular. Ou seja, não respondo por mais nenhuma asneira deste espaço a partir daqui. 


 BATE PAPO NO QUINTAL


1. Portozeiros Consulado Poá :


“Dalai, moro no Sul, uma cidade tão polarizada quanto Belo Horizonte. Aqui não consigo explicar o motivo de termos clássico com torcida única em MG. Essa é a falência total de um governo de esquerda que só permite cada vez mais o olhar de quem pensa igual.”


Em primeiro lugar, registre-se que dia 8 último, o Portozeiros, reduto azul estrelado de Porto Alegre, completou 8 anos. Estive quase lá. Uma turma de amigos organizava o lançamento do livro QUINTAL DO DALAI em Porto Alegre. Iria com toda honra do mundo, sobretudo pra destacar a admiração pelo povo gaúcho  que ante todos nós de outros estados, elevou-se ao máximo, com as provações impostas pela natureza, suportadas e vencidas com a tradicional garra dos pampas.


Por questões de logística a ideia não se concretizou.


Quanto à imposição de torcida única nos clássicos mineiros é consequência, sem dúvida, de dois fatores: má educação social e incapacidade do governo em manter a segurança pública. É uma pena.  Os ingleses conseguiram, depois de muito esforço, amansar os “hoolingans” que chegaram a se transformar em terror mundial. Em 1985, final da Champions League entre Liverpool e Juventus, torcedores ingleses invadiram a área reservada aos italianos, deixando 38 mortos e dezenas de feridos. Os ingleses foram excluídos de competições europeias por cinco anos. Esta foi uma das medidas excepcionais impostas aos bandidos, reduzindo sensivelmente a sua periculosidade. 


Será que em BH jamais conseguiremos neutralizar os criminosos potenciais que comprometem as duas torcidas?


Quanto à polarização política, uma vez mais ouso externar meu ponto de vista: está passando da hora de descobrirmos um estadista, que pense nas próximas gerações,  e abandonar políticos corruptos, incompetentes, que só pensam em si próprios, nas escandalosas emendas secretas e nas próximas eleições.  


Chega de votar em um, porque é menos pior que o outro.


2. Adonias Dantas  questiona:


“Dalai, o que você acha dessa crise que o próprio Cruzeiro tá criando? Gabriel postando gols dele nos treinos me parece uma indireta para o treinador. A mídia, que já não é muito fã do Cruzeiro, aproveita e fica martelando no assunto pra criar a crise. Daí, os repórteres ficam enchendo a paciência do Jardim em todas as entrevistas. Isso tá me cheirando mal. E quem perde é a nação cruzeirense.”

Adonias, você expõe um tema que deve ser tratado com luvas de pelica. Cuidado máximo. Como aquelas mexidas em castelo de cartas. O menor descuido, desmorona tudo. Nossa sorte é que Jardim, aos 50 anos, parece aproveitar bem as lições que a vida nos dá. Sobretudo reservando boa dose de humildade e  prudência. Para o bem e para o mal ele sabe que bons técnicos em bons times sempre administram fogueiras da vaidade.


Focando o tema proposto é de se recordar que os treinos são fechados à imprensa, mas filmados pelo departamento de divulgação. Ali  é a fonte usada por Gabigol. O atacante divulga recortes. O técnico vê o conjunto. 


O craque, no jogo contra o Inter, já entrou com  um pouco mais de tempo.  Tem futebol pra brilhar aqui.  A  questão é de encaixe. Jardim saberá resolver. Pode haver compartilhamento maior. Sem pressa.


3. Marcos Mineiro, mandando sua mensagem na manhã de ontem: 


“De novo! De um jeito ou de outro, a CBF está sempre conseguindo prejudicar o Cruzeiro. Até quando convoca, merecidamente, dois jogadores! Quando não são os juízes, são os bandeirinhas ou o VAR. Agora, convocando e tirando dois jogadores fundamentais do segundo jogo contra o Atlético, logo após jogarem na altitude da Bolívia! Mas, tem nada não.”


Sinceramente, alguém consegue discordar de Marcos Mineiro?


GARIMPO


“Há serviços tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão.”


(Alexandre Dumas, pai – 1802/1870)



 
 
 

4 comentários


Marcos Mineiro
30 de ago.

Palmas para a direção do Cruzeiro!!!!! Dando o troco no tal de petralha, no episódio do Vítor Roque!!!!! Como dizem os mineiros do interior: atrás de morro, sempre tem morro!!!! Ou ainda, nada como um dia atrás do outro!!!!

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Marcos Mineiro
29 de ago.

Poisé... caiu o técnico de lá. Será que não dá pra entender que a derrota em nada tem a ver com o treineiro? Às vezes é preciso entender a superioridade do adversário!! Quantas vezes, nesses últimos anos, passamos por isso. A paciência é uma virtude! Nessa partida, houve um primeiro tempo em que partiram pra cima com tudo, premidos pela força da torcida, pela necessidade de mostrar serviço. Mas, já na segunda metade do primeiro tempo, a diferença entre os times já se notava. No fim, foi o que se viu: superioridade técnica, física e psicológica... E assim será no próximo jogo!

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Joao de Deus Filho
28 de ago.

Hoje nao há nada a reclamar.

A nao ser do próprio time do Galo.

O jogo foi bom. Primeiro tempo bem jogado, chances pros 2 lados.

Mas, eu nao sei o que anda acontecendo com o Galo.

O Cuca nao consegue fazer esse time apresentar um bom futebol.

Estamos vivos ainda. Nao pensem que já tá definido.

Temos exemplos bem recentes de derrota no primeiro jogo e ....

No mais, reconhecer que o CSA-MG tá num momento bem melhor que o nosso.

Mas, momentos nao significam títulos ganhos e eu lembro que os azuis estao há 6 anos sem comemorar nada, a nao ser vitórias.

Entao, vamos aguardar, como dizia um técnico azul.

Um grande abraço a todos.

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Jamilton
28 de ago.

Bom dia Rafael Rocha, seja novamente bem vindo a este espaço que faz parte da sua casa, bom dia Dalai e demais amigos.

Ontem foi uma noite memorável, emplacamos a terceira vitória na Arena MRV, contra uma derrota e um empate do dono. Acho que já dá pra pedir música no Fantástico. Concordo com Marcos Mineiro que agora foi a vez da CBF prejudicar o Cruzeiro tirando dois jogadores que foram os protagonistas da nossa vitória ontem, KJ e FB. Que felicidade do nosso zagueiro ontem né, marcou um golaço, um balaço e depois serviu o atacante KJ para ampliar o placar e levar uma excelente vantagem para o jogo de volta no Mineirão. Não tem nada ganho, ainda faltam…

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