FLAMENGO, PALMEIRAS, CRUZEIRO?
- José Dalai Rocha

- 2 de out.
- 4 min de leitura

Tudo ainda pode acontecer. O futebol continua ainda dentro daquela caixinha de surpresas. O certo é que estamos agora na prateleira de cima, com o inspirado reajuste de peças em campo e no banco. Contratações pontuais, bem medidas e pesadas, pincelam um futuro benfazejo, honrando finalmente nossas “páginas heroicas, imortais”. Este é o Cruzeiro que a Nação Azul merece ver envergando a camisa mais bonita do mundo.
Hoje, no Maracanã, segundo alguns comentaristas, teremos uma final antecipada do campeonato brasileiro. Estarão em campo duas equipes que se igualam em muitos pontos e que se respeitam. A semana foi marcada por declarações nesse sentido dos dois técnicos.
O Cruzeiro está preparado pra enfrentar o Flamengo, diante de 60 mil torcedores vestidos de vermelho e preto. Temos mostrado saber lutar no campo adversário. Tomara que Kaio Jorge e Matheus Pereira estejam mais inspirados do que nunca. E que a lei do ex não valha hoje para Arrascaeta. E sim pra Gabigol.
BATE PAPO NO QUINTAL
1. Washington M. Vieira confia, desconfiando:
“Desde que o Cruzeiro se acertou em campo, eu como bom mineiro fiquei e ainda estou com um pé atrás. Acredito que não temos um elenco pra bater de frente com Flamengo e Palmeiras. Mas se eles não quiserem o título, temos de ficar por perto, quem sabe podemos ser um campeão “culposo”. Vide a entregada do Botafogo em 2023. Abraços de 6+1 Lagoas.”
Washington, de fato, a única certeza absoluta que temos no futebol é que tudo pode acontecer. Além do Brasileiro, Flamengo e Palmeiras disputam simultaneamente a Libertadores. Administrar isto é tão difícil quanto assobiar chupando cana.
2. Renato Gaúcho pisa na bola - Pra surpresa geral, o experiente, vivido, “cobra criada”, carioca de carteirinha, ex-craque e treinador deixou o Fluminense reclamando de grupos sociais na Internet (?)...
O episódio rendeu excelente artigo do jornalista Thales Machado, editor de Esportes do jornal O Globo. Ele foca o que chama de “síndrome do vencedor inconformado”, aquele que não contabiliza crédito com as vitórias. “O clube deixa de ser comunidade, vira lanchonete, onde a frustração é tratada como falha de serviço.”
E explica:
“O futebol sempre foi feito de frustração. A alegria nasce justamente da raridade do triunfo. Sofrer junto, rir junto, se consolar no bar ou na arquibancada: essa sempre foi a essência. O pacto nunca foi de felicidade garantida, mas de pertencimento. Torcer é aguentar: vinte anos sem título, noventa minutos de sofrimento, a certeza de que a vida é mais perda do que ganho. É um contrato de sofrência, e não de consumo.”
3. Marcos Mineiro aplaude nossas divisões de base:
“Li que o Cruzeiro está trabalhando na reformulação da base, hoje entregue a Adilson Batista. Pra mim, grande notícia. Sempre entendi que o Cruzeiro era um grande formador de talentos, tanto que houve época em que era chamado de Academia do Barro Preto. Ali se formaram grandes nomes, como Dirceu, Tostão, Piazza, Ronaldo, Lucas Silva e tantos outros que se espalharam por Clubes do Brasil e do exterior. Essa é a política correta! O Brasil, hoje, já não mais forma grandes nomes para o futebol como há alguns anos. Esse papel foi assumido pela Argentina e por outros países da América e da África (...)”
Você tem razão, Marcos, divisões de base bem coordenadas e apoiadas são a galinha dos ovos de ouro dos Clubes. Adilson Batista tem personalidade, experiência e paixão pelo que faz, cumprindo excelente trabalho no Cruzeiro. Prova disso é o êxito de nossas divisões de base em várias competições.
Quanto ao celeiro de craques em que vem se transformando a Argentina, acho incrível e incompreensível. Somos 200 milhões de brasileiros, enquanto a população argentina é próxima a de São Paulo, em torno de 45 milhões. Como países apaixonados pelo futebol, teoricamente para cada craque surgindo lá deveríamos ter 4 ou 5 aqui.
Além da presença aguçada de olheiros europeus, que caçam nossos pequenos talentos como se garimpa ouro, creio que um outro fator contribui fortemente pra secar nossas fontes: a extinção dos campinhos de futebol nas vilas e bairros. Eram campos de terra, espalhados pela cidade, hoje consumidos pela expansão imobiliária. A meninada se divertia até com bola de meia. Brotavam craques, despertando atenção de agremiações amadoras. Ali floresciam e partiam para divisões de base de clubes profissionais. Hoje, sem os campinhos, a meninada da periferia só vê bola no celular.
4. Convidado não percebe que seu anjo da guarda trocava de turno e atropela velhinha na calçada:
“Estamos a zero dias sem falar no colossal Clube Atlético Mineiro. Mantenho e aumento a minha aposta. Duas colunas sem falar no colossal, eu revelo minha curiosa identidade e, além disso, doo 30 cestas básicas para o clube social do Cruzeiro, afinal as noticias são de que está rumo à falência...”
Meu caro Convidado, desculpe-me mas seu time mudou de página já há algum tempo. O mérito não é meu, em não falar no Atlético e em Hulk, que nem está jogando. O demérito é do seu time, se debatendo lá embaixo pra fugir da zona de rebaixamento. Quem falou do Atlético nesta semana, principalmente depois do jogo contra o Juventude, foram os próprios atleticanos. O Caixa, por exemplo. Viu um time horrível, em campo, salvando apenas Scarpa. Sampaoli, que tem barrado Hulk, disse que se ele estivesse em campo, o Atlético teria vencido...
Hulk não pôde jogar porque tomou o terceiro cartão amarelo quando estava no banco dos suplentes, no jogo contra o Bahia. Há muito tempo fala mais do que joga. Nas entrelinhas, os próprios companheiros reconhecem isso.
Capítulo especial pra Dudu. Entrou aos 33 minutos do segundo tempo, contra o Juventude. Não viu a bola. Aquela camisa, número 92, parece que fica maior do que ele.
5. Publicidade no QUINTAL - O próprio site tem espaço destinado a esse contato. Sejam bem-vindos.
GARIMPO
“Envelhecer é inevitável mas crescer é opcional.”
(Alexandra Zulpo, escritora)




Quem não ganha do Sport vai ganhar de quem? Quem não ganha do Sport vai ganhar o quê? Aliás, no Brasileirão deste ano, quem não ganhou do Sport?
Dr. Dalai, esperei um pouco antes de dar minha opinião sobre o jogo de ontem. Na verdade, foi um belo jogo, em que as duas equipes empenharam-se, como digo, com a faca nos dentes. Mas achei que o Cruzeiro foi um pouco melhor, mais incisivo. Como sempre, o juiz não fugiu à regra: teve que punir o time com a expulsão. O cartão amarelo, no lance, foi justo; o plrimeiro é que nunca deveria ter sido mostrado. É aquela velahhistória: cartão no início do jogo para tentar segurar os ânimos, sejam justos, ou não. É uma tática da arbitrgem que denota fraqueza. Quanto ao resultado, parece que o grande beneficiado foi mesmo o Palmeiras, que tem uma sequência mais…
O Palmeiras venceu muito bem o Vasco da Gama de quem perdemos por 2x0. O Corinthians não quis vencer o Flamengo, assim bateu o penalty o Iuri Alberto nas mãos do já caído goleiro Rossi. Resta-nos agora vencer o líder Flamengo em pleno Maracanã lotado hoje às 20:30h. Gol de KJ aos 47 do segundo tempo, para um placar de 1 x 0 e mais 3 pontos para nós e para manter acessa a chance de título do brasileirão deste ano. Vamos que vamos.
Me lembro de assistir Flamengo e Cruzeiro na partida de ida pela final da Copa do Brasil.O gênio Alex marcou um golaço de letra calando o Maracanã.O Flamengo é favorito hj,mas ,apesar do tropeço contra o Vasco,tudo pode acontecer. Continuando nessa crescente em 1 a 2 anos faremos frente em paridade de armas com qualquer equipe Sulamericana