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DOMINGO É UM CACHORRO ESCONDIDO EMBAIXO DA CAMA

  • Foto do escritor: Fernando Rocha
    Fernando Rocha
  • 7 de abr.
  • 3 min de leitura

A frase do poeta gaúcho Mário Quintana serve bem pra ilustrar o desencanto cruzeirense. Uma partida entre Inter e Cruzeiro é sempre um encontro de muita expectativa e muito equilíbrio.


Há vinte anos esse confronto não terminava com um placar de três gols de diferença. Mas a grande diferença do jogo de ontem foi um golpe baixo da arbitragem que liquidou com esquema tático cruzeirense. Marcelo de Lima Henrique, árbitro de campo e Daiane Muniz no VAR anularam corretamente o que seria o primeiro gol do cruzeiro por volta dos sete minutos.


Pouco tempo depois os dois árbitros iriam protagonizar uma cena de almanaque quando se fala da incompetência da arbitragem Brasileira. Particularmente não acho que seja alguma perseguição orquestrada contra um time de investimento milionário como o nosso. Acho que é falta de perícia e atenção. Ou seja: é incompetência mesmo.

jogo de futebol
Lucas Bubols / Cruzeiro / Flickr

Vamos aguardar o diálogo entre o Marcelo de Lima Henrique no campo e Daiane Muniz na cabine do VAR. O que teriam dito sobre o lance que causou a expulsão do nosso zagueiro? Por que o lance não foi conferido pelo árbitro ? Por que só os dois não tiveram dúvida? Será que não era importante rever o lance no detalhe e observar que talvez nem tenha sido falta? Sobram perguntas mas para os dois não havia dúvida.


A expulsão de Jonathan Jesus abriu caminho para a festa colorada que comemorava os 56 anos do estádio Beira Rio. Poderia ser um jogo mais equilibrado. Era pra ser um teste de fogo para a equipe de Leonardo Jardim que ainda não tem uma característica bem definida. A derrota de ontem nas circunstâncias em que aconteceu dificulta uma análise mais ampla do trabalho feito até aqui. Mas não impede algumas reflexões e muitas perguntas ainda sem respostas já que nem o técnico nem os jogadores deram entrevistas depois do jogo.


É a sexta partida do português e tomamos gol em todas elas. A nossa zaga é um ponto muito sensível em uma temporada tão longa. Fabrício Bruno se desdobra como pode mas o que fazer quando temos Gamarra em campo? Depois da expulsão a escolha por desfalcar o meio campo e não ataque abriu caminho pro Inter dominar a partida e construir o placar. Com a lesão de João Marcelo ficamos muito prejudicados mas não seria hora de alguém da base pra ajudar? Gostaria de ver o jovem Bruno Alves ter uma chance.


Temos agora uma semana curta pra resolver problemas. Quarta feira já tem jogo no mineirão pela sul-americana contra o Mushuc Runa do Equador e depois tem o São Paulo no Morumbi. A vida corre depressa. Não há muito mais o que falar.

Eu pessoalmente depois do segundo gol já estava pensando em desligar a televisão e ir dormir tal qual a frase de Mário Quintana mas fui convocado pelo titular desse QUINTAL pra assumir a crônica desta segunda por questões técnicas. Claro que eu reclamei, mas pedido de pai se atende com o coração.


Aqui no domingo frio de São Paulo, esperava um resultado muito melhor. Mas tenho também a esperança azul de dias melhores. Tem muita água ainda pra passar debaixo dessa ponte.


Pra terminar um aviso que o BATE PAPO vai ser publicado pelo titular do quintal na próxima quinta-feira. Me despeço da forma que comecei com o auxílio luxuoso do gaúcho Mário Quintana.


GARIMPO


“A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…Quando se vê, já é 6ª feira…Quando se vê, passaram 60 anos!Agora, é tarde demais para ser reprovado…E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,eu nem olhava o relógioseguia sempre em frente…e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.”

 
 
 

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