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BOM RESULTADO EM ITAQUERA!

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • 24 de jul.
  • 4 min de leitura

Não se enganem: o empate contra o Corinthians não foi um tropeço. Pelo contrário, é um ponto que deve ser valorizado.


É verdade que o momento corintiano não é bom. A politicagem do time paulista tem levado o clube a um buraco sem fim, que, por sinal, se parece até demais com os tenebrosos dias que vivemos por aqui no passado. A impressão, então, era a de que seria fácil se aproveitar deste mau momento, com um novo atropelo cruzeirense.


Mas não se pode esquecer o quão difícil é jogar em Itaquera. Tanto é que, pelo Brasileiro, só ganhamos lá uma vez. De resto, mais derrotas que empates.


Ontem, o Cruzeiro errou mais do que o normal. Foram muitos passes simples errados, principalmente no terço final do campo. Na coletiva, Jardim justificou: desgaste pela maratona de jogos e, pasmem, o excelente gramado de Itaquera, que fez a bola correr mais do que o normal. Kaio Jorge também viveu uma noite apagada – foi muito bem marcado pelos zagueiros corintianos.


Destaque absoluto é para a dupla de zaga cruzeirense. Fabricio Bruno (gripado!) fez uma exibição de gala. Partida de almanaque do nosso zagueiro, que levou a melhor em todas as disputas: na corrida, pelo chão e pelo alto. Já Villalba, mais uma vez, demonstrou entrega absoluta. Ao final do jogo, salvou a bola do jogo em cima da linha. Foi um gol. 

Seguimos na toada positiva de ONZE partidas sem perder. Não esqueçamos disso. No frigir dos ovos, este será um ponto importante e valorizado. Dormiremos mais uma rodada na liderança. Claro que há muito campeonato pela frente. E afinal, precisamos ficar apenas uma rodada na liderança: a trigésima oitava, a última!


Encerro a minha participação mensal neste minifúndio com um lembrete: no próximo sábado, 26, haverá o lançamento do livro do QUINTAL, no Bebedouro do Espaço 365, a partir das 15h. Não percam a oportunidade de cornetar o blogueiro pessoalmente, beber chopp às suas custas e, de quebra, ainda garantir um exemplar autografado dos registros deste querido e democrático espaço.


BATE PAPO NO QUINTAL 

Jogador do Cruzeiro em campo
Marco Galvão/Cruzeiro/Flickr

1. Sábado é com você! – Depois de amanhã, a partir das 15 horas, no Restaurante Bebedouro, Espaço 356 (Br, logo após o BH Shopping),  lançamento do livro QUINTAL DO DALAI.  Aquele que você, ao longo desses anos, ajudou a escrever, integrando-se, falando bem ou falando mal. Por isso tem de comparecer. Proibido o porte de armas…

Cruzeirense, atleticano, americano te espero com um abraço. O chopp é por conta da casa, mas serão meus o prazer e a honra de ter a sua presença.

2. Leo Jardim – Continuo sendo crucificado em alguns grupos azuis porque no início do trabalho fiz críticas ao nosso técnico e agora não me canso de aplaudir. Mas não é esta a missão da imprensa e dos analistas? Futurologia é com Mãe Dinah. Quem gostava daquela mesmice, sem cor e sem graça do time? Voltava para o segundo tempo  com os mesmos jogadores que nada tinham feito no primeiro. E a gente malhava: não se conseguem resultados diferentes, mantendo-se o mesmo sistema. Leo Jardim impassível na beira do campo. E tome-se pancada! De repente, ele acorda e faz uma revolução no time. Toca em  “intocáveis”. Surpreende. Começa a vencer e não para mais.  Hoje, não tenho nenhum constrangimento em aplaudir, vibrar com o time. Quem sabe os alertas de ontem têm um pouco a ver com o esplendor de hoje?

3. Jabuti na árvore? A ascensão do Cruzeiro no campeonato nacional aumenta a histeria na barraca atleticana. Primeiro, éramos um jabuti que, ninguém sabe como, foi parar no topo de uma arvore e iria despencar a qualquer momento. Seu habitat é o solo. As rodadas foram passando. Uns subindo outros descendo. E o “jabuti” grudado na liderança. Augusto agora acaba de descobrir que o jabuti está fixado com o Tekbond 793. Cola até raio caindo. E recomenda o uso de álcool isopropílico, solvente próprio pra eliminar poderosas substâncias aderentes. Só assim pra tirar o bicho da árvore.

Não vai dar certo. Veja a bula: “Ineficaz, ante produtos portugueses.”

4. Casa caindo em Vespasiano – De repente, a CMA – Casa da Moeda Atleticana, sustentada pelos 4Rs – fica sem matéria prima? Como assim faltar dinheiro em turma que acende charuto com nota de 200? Começou um entra, sai e volta de jogador na Justiça que não se sabe onde termina. Só chegaram a um acordo, até ontem: o último que sair, apaga a luz.

5. Cheirinho de mutreta – Um longo tempo de estrada obriga o blogueiro a desconfiar até de água na bica. Alguém pode imaginar que (realmente) faltaria dinheiro pra pagar salários de jogadores no ricaço grupo dos 4 Rs? Óbvio que não. O que há de fato é briga sutil, silenciosa, de cachorro grande, frente a um tabuleiro de xadrez. Óbvio que nos despojos alvinegros, numa tacada monstra, alguém quer levar vantagem sobre alguém. Daqui a pouco saberemos.

6. Belmiro – massagista do Atlético, 55 anos de casa, também entrou em Juízo contra o Clube  por direitos trabalhistas não cumpridos. De todas essas revoadas, foi a que mais lamentei. Rony e Scarpa entraram ontem, ganham milhões. Belmiro estava lá há meio século, com o seu trabalho anônimo, dedicado, cordial, apaixonado.  Nos clubes, e o Cruzeiro não é exceção, falta este olhar humanizado para os “invisíveis”. 

GARIMPO

“A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.”

(Fernando Pessoa – em “O Livro do Desassossego”)

 
 
 

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