ALÔ, COPA DO BRASIL! OLHA NÓS AQUI OUTRA VEZ!
- José Dalai Rocha

- há 2 dias
- 5 min de leitura

Um amargo e triste combinado entre tsunami interno e pandemia mundial a partir de 2020 nos amarrou na Série B por três anos. Comemos o pão que nem o diabo amassou enquanto nossos rivais tripudiavam, chutando cachorro morto. Mesmo assim, não conseguiram crescer. Desperdiçaram o vácuo. De bom (?) só o estádio próprio construído onde, além de não conseguir plantar grama natural apesar de três tentativas, também ainda não conseguiram festejar nada. Entregaram o ouro em todas as disputas com Flamengo e Cruzeiro. Saldo? Só de vexames.
O tempo passou e agora, aquele cachorro morto volta a respirar ao mesmo tempo que se transmuda em outro animal, temido nas Américas: La Bestia! O papa-títulos, Maior de Minas, Melhor clube brasileiro fora do sempre privilegiado eixo Rio-São Paulo; tetra campeão brasileiro (1966, 2003, 2013 e 2014); bicampeão da Libertadores (1976 e 1997); bicampeão da Supercopa Libertadores (1991 e 1992); e hexacampeão (o único) da Copa do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018).
É pra esta última que estamos voltando quarta-feira, recebendo o Corinthians no Mineirão abarrotado de azul como sempre. Quartas de final.
Uma retomada histórica. É de emocionar. O gigante novamente em pé. Forças restauradas. Em campo no gramado, jogadores que honram a camisa mais bonita do mundo, em busca de um inusitado hepta! Fora do campo, administradores nota 10: competência, zelo, dedicação. Nas arquibancadas, o show inimitável da Nação Azul. Se não é o paraíso, estamos chegando perto.
Dias de glória!
BATE PAPO NO QUINTAL
1. Santos 3 x 0 Cruzeiro - Muitas lições a serem captadas, no último jogo nosso no Brasileiro deste ano, com a experiência de apresentar os reservas, preservando titulares para enfrentar o Corinthians, quarta-feira. Dois gols do Santos surgiram de escanteios cobrados por Guilherme, da forma clássica, tirando da pequena área, propiciando cabeceios fatais. Tomara que Leonardo Jardim tenha prestado muita atenção.
O Cruzeiro marcou três gols, anulados pelo VAR por impedimento. É sintomático. Falta treinamento objetivo sobre posicionamento dos jogadores durante manobras de ataque. O ex-árbitro Gaciba não pode ajudar?
Na mesma linha, cartões amarelos por reclamações inúteis, desnecessárias, inoportunas. Isto é tão ilógico que reclama ação disciplinar enérgica, por exemplo, com multa pré-estabelecida.
2. Atlético 5 x 0 Vasco da Gama – Comoção popular na Arena MRV, seguindo-se passeata na Savassi comemorando a primeira goleada no estádio. Nem a chuva apagou a vibração alvinegra. Alegria, alegria! Só não se sabe porque alguns jogadores do Atlético se recusaram a falar com jornalistas após a partida. O Vasco jogou, sim, com reservas. E daí? O time também não conseguiu vaga na Sul-americana. E daí?
3. Portozeiros alivia pancadas geralmente desferidas contra o blogueiro:
“Dalai é jurista, mas poderia ter sido um ótimo publicitário. Alguns títulos da coluna são um show à parte. A de hoje instiga a gente a não só ler, mas comentar também...”
Obrigado, amigo. Não é fácil dar a cara à tapa, toda segunda e quinta, posicionando-se por escrito, em público, sobre coisas do Cruzeiro. Outros ex-presidentes não se arriscam a comparecer nem em restaurantes. Mas milhares de cruzeirenses aos quais envio, recebem a coluna, como se estivessem em um buraco negro: um profundo silêncio engole tudo, nada existiu, existe ou vai existir. Como uma receita para calos. Não se animam nem a criticar. É uma ducha de água fria.
Não desanimo. Persisto em amortizar a dívida imensa que contraí com a Nação Azul pelo apoio na derrubada dos que dilapidavam o nosso Cabuloso.
Obrigado pelo incentivo, meu caro Portozeiros. E saiba que também fui publicitário por algum tempo de minha vida. Não um Washington Olivetto, como gostaria. Entre bom e tolerável, fui redator de propaganda da G. Holman Santos, AMEP e ASA. Com muito orgulho.
Imagine que até hoje, vendo TV, presto mais atenção no nível de criatividade dos comerciais que nos programas.
Quanto aos seus quatro casamentos desfeitos envio votos de conforto e uma sugestão com a credencial de quem comemorou ano passado bodas dos 60 anos de união: jantar dançante, à luz de velas, uma vez por semana. Atenua a rotina e renova esperanças. Minha mulher vai às terças feiras e eu aos sábados.
4. Noite Celeste – hoje, 18h30 com Fernando Rocha e Diogo Medeiros. É só pedir, que o Google ensina sintonizar. Imperdível. Uma das pautas, a revelação de que Leo Jardim, antes de promover as mudanças radicais que acordaram o Cruzeiro, fez um pacto com Pedro Lourenço: “se não der certo, vou me embora e o senhor não me paga nada.” E será que ele fica?
5. Pódio - Ainda sobre o técnico do Cruzeiro, que encerra o Brasileiro em terceiro lugar: Ele usa sempre a expressão comum em Portugal para designar os três primeiros colocados: pódio. Entre nós o termo fica mais confinado às corridas de Fórmula 1, 2 ou 3.
Com a acirrada disputa entre os cinco maiores de Portugal – Porto, Benfica, Sporting Clube de Portugal, Sporting Clube de Braga e Vitória – é sempre uma meta subir ao pódio, ou seja, ficar entre os três. Leo Jardim, treinador do Braga, conseguiu ocupar o primeiro lugar do pódio.
A origem é do latim “podium”, que por sua vez deriva do grego “podion”. Na arquitetura romana referia-se a uma plataforma elevada que seria como base para templos ou como local de onde os imperadores assistiam aos espetáculos. Como se sabe, entre nós o termo evoluiu para designar qualquer plataforma elevada, especialmente aquelas usadas em cerimônias de premiação esportiva.
6. Copa do Mundo - Nota zero para a organização do sorteio! Pela TV foi tudo uma maravilha, mas quem dá bomba direta para Gianni Infantino, presidente da FIFA, é o jornalista Jaeci Carvalho, enviado especial dos Diários Associados. Apesar de dispor de gigantescos complexos, Infantino e Trump escolheram o acanhado John Kennedy Center para a cerimônia de abertura. Os jornalistas não tiveram acesso direto à solenidade. Ficaram confinados em uma “apertada e desconfortável sala de imprensa”, acentua Jaeci e completa:
“Uma desorganização jamais vista em um sorteio de Copa do Mundo. A começar pela fila gigantesca a que o serviço secreto americano submeteu os jornalistas, debaixo de neve e temperatura de 6 graus abaixo de zero. Fiscalização rigorosa, onde só faltou pedirem o nosso DNA.”
7. Atlético – como vai a SAF? Quem responde, fria e cruelmente, é o excelente Fred Melo Paiva, em sua coluna de sábado, no Estado de Minas:
“... A principal vulnerabilidade desse pessoal é simples de ser verificada: são incrível, imensa, extraordinariamente burros. Em absolutamente tudo o que fazem, da gestão financeira ao planejamento esportivo do futebol, dos sócios que escolhem às prioridades que elegem. Não conseguiram plantar uma grama, prova inequívoca de que poderiam comê-la.”
GARIMPO
“De perto ninguém é normal”.
(Caetano Veloso)




Quem discorda de nós é burro. Esta premissa acompanha o pensamento e o agir humanos desde que o mundo é mundo. O festejado em especial pela bancada cruzeirense tremente __ e genial Fred Melo Paiva, que demonstra amar o ex presidente Alexandre Kalil mais que o Clube a que todos nós, pretos e brancos, pertencemos, nos pinta de muares a nós outros que não concordamos com a tese que desqualifica os donos da SAF Atleticana. Manuel Panhame, idiotizado desde a infância, não teme apregoar que deseja do fundo de seu alvinegro coração hexaCAMpeonissimo, privar com aqueles elementos tão Atleticanos quanto o mais humilde de nós, idealizadores e construtores da mais bela Arena das Américas (Quieto, Coelhinho Pompom, insignificante micróbio, …
Dr. Dalai, ssobre o jogo de ontem, apenas uma opinião: eu defendo que se poupem os titulares para a próxima fase da Copa do brasil. Porém, ouso discordar da escalação de time misto como foi feito ontem. Acho mesmo que é mais interessante escalar-se o sub 20, comandado, inclusive pela comissão técnica própria, pois podem apresentar mais conjunto e coesão. Ontem havia um grupo de desconhecidos, sem qualquer ligação. poderiam até ser derrotados, mas certamente não teriam apresentado tantos defeitos de posicionamento e marcação como vimos. Quaanto à arbitragem, não vou criticar, somente gostaria que tivessem sido menos rigorosa com o Cruzeiro com foram com o adversário. Será que o Jardim aprendeu como se deve cobrar escanteios? E os…