QUINTA AZUL NA SERRA DOURADA!
- José Dalai Rocha
- 22 de mai.
- 3 min de leitura
A vantagem de 2 x 0 no primeiro jogo é relativa e não autoriza a baixa de guarda, às 7 desta noite, contra o Vila Nova de Goiás, partida de volta da Copa do Brasil.
O esquema de Jardim é manter o mesmo ritmo exibido contra o Atlético, mas com maior capricho nas finalizações. A começar da cobrança de escanteios. Passa da hora de aprendermos alguma coisa neste arsenal de jogadas perigosas, mas que usamos como tiros de festim. Uma pena, principalmente como aconteceu domingo, no Mineirão. Um amasso sem gols e desperdiçando escanteios.
O Cruzeiro treinou ontem, antes da viagem. Vazou noticia de que a bola parada foi foco da atenção da Comissão Técnica. É o que estamos precisando para melhorar o que já está bom.
Domingo retomamos o Brasileiro, encarando o Fortaleza, no Castelão, reprisando aquele horário horroroso, de 20h30. Parada dura.

BATE PAPO NO QUINTAL
1. Motim matinal na Barraca Atleticana – Segunda cedinho já havia agitação monstruosa visando desidratar o amasso do Mineirão. Foi linha contra defesa o tempo todo. Nosso meio de campo deveria sair preso em flagrante pelo tanto de bola roubada. Domingo faltou o gol. Na segunda sobraram desculpas atleticanas para o massacre sofrido: cansaço, contusões, “desinteresse” (?)… E, por unanimidade, apontaram a razão do Atlético não ter vencido: um escanteio não cobrado, porque o árbitro, antes, apitou o final do jogo…
Isto é texto pra comedia no Porta dos Fundos!
O Mushuc Runa nunca foi tão relembrado. Estranha muleta atleticana para o amasso de domingo.
Considerando-se a próxima Copa do Mundo de Clubes, com a participação de Flamengo, Botafogo, Fluminense e Palmeiras, sendo que os dois primeiros se classificaram em cima do Atlético-MG, em condições inimagináveis no campo dos vexames, foi lançada pesquisa procurando saber qual é maior: Arena Meu Rival Venceu, perdendo a Copa do Brasil para o Flamengo, seguindo-se quebra-quebra no estádio, lesões corporais e tentativas de homicídio, ou em Buenos Aires, final da Libertadores, contra o Botafogo que teve volante expulso no primeiro minuto de jogo. Qual foi o pior? Em vez de ficar reprisando a eliminação do Cruzeiro da Sul-Americana, que já passou, foquem no tema atualíssimo da Copa do Mundo entre clubes e apontem qual vexame foi mais insuportável: Arena MRV ou Buenos Aires?
2. Doeu demais! O amasso de domingo à noite desnorteou muita gente. A revolta não demorou, disfarçada em mágoa profunda. Mostrei para um psicólogo as 20 primeiras mensagens de segunda feira no Bate Papo do QUINTAL. Impressionado, identificou digitais de antigo complexo de inferioridade. Quer atender, gratuitamente, por mero interesse de pesquisa, os mais afetados da Barraca Atleticana. Já está, assim, à espera de Marcelinho Mineiro, Num Vai Não, Augusto, Alejandro, Silveira, Paulim Boia, Só Verdades, Roberto Cardoso de Sousa, Bernardo, J. Silvestre e João de Deus Filho. Tudo 0-800. Basta identificar-se como ocupante da Barraca.
Calma, amigos: tirando o trocador e o motorista, tudo é passageiro.
3. Vamos por ordem na casa? Preocupados apenas em diminuir o amasso de domingo, os atleticanos passaram a bater numa tecla única: tem um século que o Cruzeiro não vence um clássico… Rony e outros novatos chegaram a comentar a surpresa que tiveram com o histórico dos clubes. De ilusão também se vive e o Atlético, ao que parece, está optando, tal como o líder João de Deus Filho, a dar a mão a Alice e entrar no “seu” paraíso. Pra começar, não se esqueçam de que a Arena do bairro California foi batizada pelo Cruzeiro no primeiro clássico de lá. Surgiu o novo naming right: “Meu Rival Venceu”.
4. Quanto ao histórico. José Maria, integrante do grupo “Arrogantes desde 1921” relembra:
“Desde 2005, Cruzeiro e Atlético se enfrentaram 33 vezes pelo campeonato brasileiro, sendo 14 vitórias do Cruzeiro e 12 do Atlético. 50 gols azuis e 44 do rival. Maiores vitórias: 6 x 1, em 2011 e 4 x 1 , em 2013.”
Sorry.
GARIMPO
“O pior dos defeitos é imaginar-se isento deles.”
(Bottach)
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