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MAKTUB

  • Foto do escritor: José Dalai Rocha
    José Dalai Rocha
  • 10 de mar.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 30 de jul.

Agora a gente sabe o que faltou ao Atlético naquelas duas recentes e vexatórias eliminações:  Copa do Brasil, para o Flamengo, organizada pela CBF, e a Libertadores, para o Botafogo, organizada pela Conmebol. Faltou o “jeitinho-FMF” na preparação de árbitros e VAR. Aquele “zelo” ao escalar pessoas certas, para funções certas, em momentos certos. Tal como aconteceu com  a não expulsão de Lyanco, ao pisar no braço de Dudu.


No intervalo do jogo de sábado, o lateral Mariano, questionado sobre a partida, que estava em 2 x 0, preferiu abordar a expulsão, dizendo que se impressionou com a pressa do quarto árbitro em gritar para o Vinicius Gomes: “expulsão, expulsão”…

Na visão do lateral, um árbitro mais experiente jamais se conduziria daquela forma, dada a gravidade da decisão para o rumo da partida.


O que mais intriga é que, desta vez, o Atlético parecia não precisar da ajuda oficial. Não era necessário a FMF ter escalado dupla de peso: Vinicius no apito e Wagner Reway no VAR. Jori, goleiro do América, que já fechou sua meta em jogo contra o Cruzeiro, desta vez resolveu antecipar o Natal.  Aos 7 minutos do primeiro tempo garantiu o seu primeiro peru.


Mesmo com 10 jogadores, o América, bravo, resistia tentando levar o placar mínimo para o vestiário. Trauma do Botafogo assombrando atleticanos.

Aos 40, porém, Jori entendeu que um peru era pouco, família grande, etc, e logo pegou outro.


Tudo estava consumado.  Serviço completo… O scout do jogo mostra a disparidade: 62 x 38% de posse de bola;  25 x 4 finalizações.

E pensar que na decisão contra o Cruzeiro o goleiro titular do América saiu com vários troféus de melhor em campo.

Agora, para os atleticanos é festejar o hexacampeonato mineiro.  O mesmo que o Cruzeiro já conquistou, em Copa do Brasil.

Bruno Haddad/Cruzeiro/Flickr
Bruno Haddad/Cruzeiro/Flickr

BATE PAPO NO QUINTAL


1. Freud continua explicando –  Bares lotados e foguetório invadindo a madrugada funcionaram como banho de descarrego pra atleticanos traumatizados com as duas últimas e sucessivas eliminações em finais. Para o Flamengo, na Arena Meu Rival Venceu, a Copa do Brasil foi perdida com pancadaria, invasões, e até tentativas de  homicídio;  em seguida, para o Botafogo, em Buenos Aires, a Libertadores foi entregue com requintes de crueldade moral. Um minuto de jogo, os cariocas perderam, expulso, seu principal volante. Seria um passeio no parque. Não foi. Logo percebeu-se que, por absoluta competência de um lado e incompetência do outro, o Botafogo parecia jogar com 15 e o Atlético com 10. Reversão drástica das expectativas.  Ouvi de muitos atleticanos que na viagem de volta parecia que tinham saído da China. Não chegavam nunca.

As comemorações de agora, energizadas pela eliminação do Cruzeiro, são uma necessária catarse.


2. Rei Melo, escrevendo antes do jogo de sábado, paga geral e depois recomenda ao blogueiro esquecer o campeonato mineiro, há décadas um jogo de cartas marcadas pra favorecer ao Atlético.


3. Augusto replica no ato:

“A Raposa e as Uvas” é uma fábula atribuída a Esopo e que foi reescrita por Jean de La Fontaine. Com pequenas variações é basicamente a história de uma raposa que tenta, sem sucesso, comer um cacho de convidativas uvas penduradas em uma vinha alta. Não conseguindo, afasta-se, dizendo que as uvas estariam verdes e que o campeonato é de cartas marcadas.”

Augusto, não manche sua ficha neste minifúndio tentando recuperar foguete molhado. Muito antes do jogo de sábado, já dava alentado volume a história de Mão Grande da FMF favorecendo ao Atlético em disputas do Mineiro.  Quando tem time do interior envolvido,  a coisa é de envergonhar crupiê de baixo meretrício. Já reproduzi alguns casos icônicos aqui. Um deles foi o sorteio de árbitros para um clássico decisivo com o Cruzeiro, onde a bola de sinuca que interessava ao Atlético estava  congelada. Ouvi isto de um delegado de polícia,  ex-assessor da FMF na gestão de Francisco Cortes.

Em paralelo, há as confissões de árbitros e bandeirinhas, aposentados, relatando “façanhas” pra garantir sempre uma mãozinha esperta, decisiva. Ajudando a sorte a proteger o Atlético. O cálculo é que 40% dos títulos não resistiriam à inicial de uma CPI. Agora esta percentagem vai subir uns centésimos.


4. Carlos Aguiar corrige o título da última coluna:

“Na realidade vamos fazer uma construção, porque até então não se aproveita nada, a pecha do Diniz ainda permanece e nos tropeçamos nas próprias pernas e, porque não, nas palavras”.

Toda razão, Carlos. Estamos perdendo pra nós mesmos. Equipamos nossa casa com eletrônicos caríssimos e não sabemos fazer funcionar juntos.

Em breve saberemos, de fato, como estamos.

Sábado, dia 15, no Engenhão, teremos o primeiro jogo-treino pra valer, enfrentando o Botafogo, às 17h.  Na terça, aqui, será contra o Pouso Alegre, dirigido pelo nosso ex-volante Henrique. Finalmente, dia 22, sábado, viajamos de novo pra enfrentar o Bragantino.

Por decisão das comissões técnicas, nos três jogos-treino não haverá presença nem de imprensa nem de público.


5. Tostão – em sua excelente coluna, ontem, na Folha:

“Só os ignorantes não têm dúvidas.”


6. Futebol feminino – Sábado,  o Cruzeiro derrotou o Bahia, em Salvador, classificando-se para as semifinais da Supercopa.

E saiu a tabela de jogos para o campeonato nacional da categoria. O Cruzeiro estreia dia 23, domingo, contra o Grêmio. O clássico mineiro será na sexta rodada, dia 20 de abril… contra o América.

O Atlético está na série B.


 GARIMPO


“Nunca me casei porque nunca precisei. Tenho três bichinhos em casa que, juntos, perfazem um marido: um cachorro que rosna de manhã, um papagaio que fala palavrões o dia todo e um gato que volta de madrugada pra casa.”

(Maria Corelli)

 
 
 

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